Oi, gente há tanto tempo não escrevo aqui, né?
Não sei explicar, talvez eu tenha andado mais introspectiva ou simplesmente perdendo meu tempo com outras coisas banais.
O motivo das minhas letras de hoje vem inspirado por uma linda canção de Caetano Veloso, intitulada "Queixa", e que eu tenho ouvido e me encantado incessantemente. Sim, eu tenho uma queixa a fazer nesta tarde nublada de sábado. A minha queixa versa sobre o julgamento que fazemos sobre tudo e todos, eu faço e você faz; todo instante estamos julgando algo - sobre nós e sobre os outros- até sem perceber. É comum!
"Moça, você está com uma saia curta", "Como tal pessoa está gorda", "Fulana está tão magra", "Milena é isso, Milena é aquilo"!
Às vezes é engraçado, mas outras é revoltante. Parece que somos alvos diretos de um tribunal diário e que a fogueira está ali à nossa espera, e não se engane, por melhor que você ache que seja, há sempre uma labareda esperando pra te queimar. Que doido isso!
Eu tenho ouvido tanta sentença ultimamente (e não apenas sobre mim), que sinceramente, não sei se acredito que me dão muita importância ou se eu dou pouca importância às pessoas.É cada absurdo! Parece que a sua vida é mais interessante e merece mais ênfase do que você próprio a compreende.
Algumas pessoas são ruins demais para serem suas amigas, outras são feias demais, fulano é pobre demais ou estudado de menos... E eu me pergunto qual o valor disso tudo e qual a pertença que tais assuntos têm na ordem de interesse de pessoas tão distantes e problemáticas quanto os problemas que elas próprias criaram para mim. Normalmente eu tenho tanta reflexão sobre mim mesma dentro de mim, que não me resta tempo para julgar o outro, principalmente se esse outro não tem NENHUMA ligação comigo ou o seu comportamento incide não diretamente em mim.
Tenho visto frequentemente amigos que vão às redes sociais se queixarem sobre o fato de suas vidas terem se tornado alvo da malícia da rua. E por isso também, acredito ser um tema pertinente a tratar aqui.
E sabe o que eu acho sobre isso?
Talvez o que gera tanta insatisfação em você pouco me importe, já parou para pensar sobre isso? Fico imaginando se eu sou tão egoísta, que durante um dia como hoje, não passe uma única vez em minha mente o que qualquer pessoa está fazendo de certo ou errado- se está vestido ou nu- dormindo ou acordado, trabalhando ou desempregado; pelo simples fato de eu está ocupada demais comigo mesma.
Aí eu penso: "Deus como eu sou egocêntrica, ando me ocupando de mim mesma demais"! Rrsrsrs.. E entro numa de pensar que estou agindo errado sem estar.
É aí que eu me dou conta que estou cuidando da minha vida, dos meus anseios e da minha própria vida, e que eu é que sei o que me fascina ou que me inquieta; o que me APAIXONA. O que você pensa sobre minha personalidade (sobre o meu dia a dia), fatalmente não condiz com o que eu sou. E se você tivesse o trabalho de conversar comigo (já que isso parece lhe ser tão interessante), e ouvisse a minha opinião, talvez desconstruísse tantos mitos e derrubasse tantos muros que lhes separam do que eu sou e da ideia que você tem sobre mim.
Não que isso me importe, mas pessoas imaginadas são frustantes; justamente por serem as pessoas incapazes de suprirem a perfeição de um sonho sonhado. Então faça-me um favor: "Não me faça frustrante", eu não quero ser- te frustrante, ok? Rsrsrs... Isso é tudo o que eu não almejo!
Deixe-me ser eu, viver os meus desejos e errar os meus erros, eu te deixo ser você também, e juro que isso não irá me importar nenhum pouquinho.
