domingo, 27 de julho de 2014

Ao entardecer

Quando a tarde cai e a brisa leve da noite sopra as folhas verdes das árvores do canteiro a minha frente,
Eu sinto o cheiro do lilás que há no céu logo ali.
Existe uma paz enorme que me rodeia, uma solidão que senta ao meu lado e me fala coisas ao ouvido.
Sentada na calçada, eu apenas observo o movimento da vida que me rodeia...
Eu ouço uma voz serena e doce, que se mistura ao som rouco das ruas. A lentidão, a brisa, as motos, as pessoas... Numa mistura inexplicável de inércia e movimento.
Eu penso na magia que esse momento me transmite...
E sinto que Deus está em mim, porque ele me permitiu ver esta cena, sentir os aromas e viver um momento de quietude aqui mesmo desta calçada amarela. Eu estou parada. A vida parou, mas continua viva de uma maneira branda e sutil.
Tudo está esplendidamente belo!
Não é dia, não é noite...
Agora, tudo está parado. Até o tempo deu um tempo e apenas observa o vento soprar calma e levemente sobre minha face e meus cabelos negros.

O vento me traz a noite, de uma maneira poética e divina, como só Deus seria capaz de ser...

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