segunda-feira, 13 de abril de 2015

Sobre os cativeiros emocionais

Hoje gostaria de falar sobre cativeiros emocionais. Não sei se você leitor já ouviu falar nesse termo, mas senão, indico uma boa leitura que fará muito bem a sua alma. "Quem me roubou de mim", do Padre Fábio de Melo. No livro, Pe. Fábio fala do sequestro da subjetividade do outro e de nós mesmos, um tema muito pertinente nos dias de hoje.

Já li e quero reler esse livro, pois acredito que somos sequestrados e muitas vezes sequestradores de subjetividade em vários momentos da vida. É difícil essa percepção, quando somos envolvidos em relações (sejam quais forem) doentes, porque dificilmente temos a presença de espírito de nos assumir assim. Simplesmente não nos damos conta daquela realidade, e vamos nos deixando ser roubados - no dia a dia, nas pequenas omissões, na falta de cuidado para conosco, nos pequenos atos de desrespeito. É incrível como, mesmo sendo nós esclarecidos e pensantes, em muitos momentos nos deixamos sequestrar pelo outro.

Dependendo do caráter ou da falta dele, da personalidade e/ou das ações que cada pessoa julga certo ou errado praticar, muitos têm uma maior facilidade em ser sequestradores; são aqueles que necessitam exercer controle no outro, que reafirmam comportamentos dominadores e desejam ser obedecidos. É bem possível que esses indivíduos passem a vida inteira sequestrando subjetividades e nem percebam, não se deem conta do mal estar que causam ou do estrago psicológico que distribuem ao seu redor. Eles jogam suas teias de poder, apenas pelo simples fato de se acharem capazes e detentores de autoridade para isso. Existem muitos assim, perto de mim e de você! Infelizmente a grande maioria não se identificam como tal, e isso não os fazem buscar tratamento adequado ou uma mudança de conduta. Portanto, continuarão a praticar os mesmos atos.

Na verdade, nessa relação não existe certo ou errado. Tanto o sequestrado quanto o sequestrador precisam libertar-se! Porque ninguém pode fazer do outro objeto ou motivação de suas próprias vontades. Cada um é livre para viver a sua subjetividade e personalidade, desde que não interfira ou atrapalhe o outro de exercer as suas também.


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