quarta-feira, 16 de março de 2016

Mandem o Lula de volta a Marte



Alô, alô marcianos aqui quem fala é da Terra...

É essa a impressão que eu tenho que a grande maioria dos brasileiros fazia sobre os petistas. Criou-se uma expectativa de que o governo e a proposta encabeçada por Lula salvaria o Brasil de todos os problemas, inclusive salvar o país dos próprios brasileiros.

Me parece que criou-se uma esperança apocalítica sobre essas pessoas, que quando frustadas, transformou-se numa avalanche de desgosto e revolta nunca antes vistos. A gana dos manifestantes, é bonita de ver, infelizmente não se repetem no dia a dia sobre as coisas mais banais, e a nossa velha falta de transparência e ética cotidiana. Ela também não se repetiria se, por um passe de mágica, uma mala de dinheiro fosse parar bem em seu colo. É fato: a crise no Brasil é política, ética e moral. É claro que tudo isso está intrinsecamente ligado ao dinheiro, porque no mundo em que vivemos tudo gira em torno dele e do poder que ele traz.

Não é que eu defenda o Lula, a Dilma, ou seja lá quem for. E eu não defendo a corrupção. Não mesmo! E também não acho que devemos nos acostumar com ela, mas não sejamos tão inocentes a ponto de acreditar que um exemplar de brasileiro comum, assim como nós, assumiria o poder e lá mudaria tudo e baniria o que de ruim tivesse, inclusive a corrupção.

Seriam então o Lula, a Dilma e a turma toda de Marte? "Chamem os marcianos. A Terra pede reforço". Esse foi o pedido de socorro, e Marte prontamente nos atendeu, mandando-nos seus melhores soldados perfeitos para terras tupiniquins.

O que parece é: Parece que você aí imagina que os petistas vieram numa nave, que baixou em Brasília (em missão especial), para salvar este país de tudo que é mazela que existe - e até de nós mesmos. 

Ah, e junto com eles, sendo que do lado oposto - da turma da oposição de Marte - veio o Bonner e a Renata Vasconcelos, porque até em Marte a Globo mexe seus pauzinhos, né?





terça-feira, 8 de março de 2016

Emma Watson e seu discurso emocionante sobre feminismo

Assista o discurso na ONU da estrela de Harry Potter Emma Watson, sobre o repúdio que a palavra "feminista" passou a ter ultimamente. Vale muito a pena assistir!

Clique e assista.

No Dia da Mulher...

Neste dia 08 de Março gostaria de chamar você à uma reflexão. E hoje, como é comemorado o Dia Internacional da Mulher, abrirmos uma prerrogativa para um discurso de gênero, pois se faz pertinente.

Estamos no ano de 2016, e sem dúvidas, a mulher vem galgando muitos lugares antes só ocupados pelos homens na sociedade. Ao longo do tempo ela deixou de ser um "homem defeituoso" para ser vista como um ser humano normal e particular; conquistou o direito ao voto, ao trabalho, entre outras coisas.

Porém, sabemos que ainda hoje nós mulheres ainda não conseguimos ser respeitadas igualmente na sociedade, falta muito para que até nós mesmas passemos a pensar e agir de forma a reafirmar esse direito.

Quando nós dizemos que queremos ter os mesmo direitos que os homens, não quer dizer que desejamos ser tratadas com grosseria, isso tem sido confuso para muitos entenderem. Estamos falando sobre direitos civis, e não quer dizer que não gostamos de receber um carinho, uma gentileza ou que não curtimos ganhar flores.

Percebo que, apesar de todo mundo dizer que não, a mulher é muito hostilizada pelo seu comportamento, roupas, relacionamentos, decisões e pelo que fala. O machismo é muito presente em nosso dia a dia, e em muitas ocasiões as maiores demonstrações disso partem das próprias mulheres. É triste, mas nós mulheres somos também muito machistas e sexistas!

Infelizmente esse é um problema que vai demorar bastante para ser extirpado de nossa sociedade. Mas, hoje Dia Internacional da Mulher, é um ótimo dia para refletir e repensar novos passos.

É importante que homens e mulheres comecem a compreender que não adianta fingir que não é preconceituoso, é preciso colocar em prática e se policiar diariamente. É importante mudança de pensamento e hábitos, um novo olhar sobre nossas atitudes com nossos filhos, amigos e com nós mesmas. 

Se você acredita na importância das mulheres na sociedade, respeite-as e as valorize verdadeiramente, não apenas finja.

domingo, 6 de março de 2016

Tempo, tempo! Tempo... Tempo.




Eu tenho muito medo do tempo... 
Por quê? Porque ele parece uma avalanche que destrói o que vem pela frente; e dependendo da intensidade, arranca até as raízes.
O tempo cura tudo, mas ele também leva de nós as certezas, os momentos, os sentimentos - mesmo aqueles que nos parecem tão intensos.
É por isso que eu temo o tempo.
O tempo é pai, mas é padrasto. 
Mata e cura.
Quando cura, é pacificador...
Quando mata... 
Eu tenho medo do tempo.

sábado, 5 de março de 2016

O Brasil que "ama" Lula



O que acontece no Brasil é bem simples: quem tá dentro do circo quer ficar e quem tá fora (louco para estar dentro) atira pedra nos de dentro. Dificilmente um cidadão comum rejeitaria ser funcionário fantasma ou não se envolveria em esquemas milionários com dinheiro público. A gente se corrompe por outros motivos mais fúteis, imagina pelo um 'bucado' de dinheiro...

É direito de qualquer cidadão lutar pelos seus ideais de justiça e defender suas bandeiras ideológicas, claro! Mas, pensando bem, esse bafafá sobre o ex-presidente Lula, é realmente sobre o que? 

Na minha opinião a proposta política do PT sempre foi baseada em bons propósitos e o Lula foi o melhor presidente que o Brasil teve nos últimos tempos, aliás ele foi mais, foi um líder - e tem carisma suficiente para isso - pois, só quem esteve em sua presença (como eu estive) para sentir o poder que ele exerce sobre o público. E sendo assim, ou você o ama ou o odeia. 

Sinceramente, eu acredito de fato nas mudanças que ocorreram no Brasil nos últimos anos, e mesmo não tendo sido influenciada diretamente por elas, reitero que muitas mudanças positivas ocorreram. Agora, acreditar que a corrupção acabou no Brasil e que o jogo político mudou porque o PT está no poder, aí já é querer demais. Até porque da forma que o nosso sistema político se organiza, um presidente precisa de apoio das bancadas para qualquer coisa - e nesse cenário o que rola só Deus é que sabe - e talvez nem ele.

Sobre a repercussão, ela é do tamanho da figura dele (Lula): enorme. E ainda mais por ser ele um símbolo de um governo e uma proposta política que a oposição deseja afetar. Nesse aspecto, vejo que muitos veículos midiáticos há bastante tempo miraram suas armas e simplesmente atiram, e como a massa está diretamente exposta ao que é transmitido pela grande mídia, fica fácil fazer a cabeça de uma quantidade grande de pessoas a partir do que se lança como informação.

Outra coisa bem importante que percebo não é de hoje: a classe média brasileira tem um asco enorme, gigante de pobre. Acho que é munido dele que se manifestam com tanta veemência contra o governo quando escrevem, falam, vão às ruas. A economia está em crise, porém vamos avaliar quantos cidadãos saíram da linha de pobreza nos últimos tempos neste país. Eu vejo estampado no rosto de cada um desses exemplares de falsos burgueses: que lugar de pobre é na pobreza. E isso eu, além de não concordar, não admito. 

Não posso ser leviana de afirmar que ainda estamos atrasados como nos tempos de escravidão, ditadura, recessão. Porém, percebo que a massa humana está em déficit de evolução na escala do pensamento humanístico. A gente quer ser tanta coisa e acaba sem ser coisa alguma, porque esquecemos de pensar em nós como engrenagem da máquina chamada Brasil.

Mesmo hoje, muitos brasileiros ainda se enganam que é bonito ser hipócrita e isso ocorre nas mais variadas esferas, inclusive na política; talvez seja mais fácil ou mais cômodo. E como dizia Mário de Andrade (lá atrás e sempre muito atual), "Ai que preguiça, Macunaíma", o herói mais brasileiro de todos; preguiçoso, mentiroso, corrupto...

Ah, tenha paciência, né?

Aqui neste país é normal afirmar que não tem raiva de gay, mas não querer ter um na família. É politicamente correto falar que não tem preconceito, e ao mesmo tempo, em comentários maldosos dizer que não entende como uma mulher gosta de outra. Aqui, é aceitável alguém dizer que não é machista, mas que acha horrível uma mulher falar tal coisa, vestir aquela roupa ou se comportar de tal maneira. Infelizmente nos dias de hoje, ainda é aceitável uma pessoa julgar ou discriminar outra por causa da cor de sua pele, porque ela é pobre, porque é homossexual. 

Eu tenho percebido o quanto a política segrega ainda mais, quando deveria unir por um ideal comum. Talvez seja por isso que esse país não melhora. Porque ainda somos seres primitivos, empoderados da involução da arte da guerra. São tempos difíceis!

É lamentável, mas é real. É Brasil, somos!