sexta-feira, 29 de março de 2019

A urbanização da sociedade atual

O conceito de urbanização versa sobre o conjunto de técnicas e obras que darão a uma cidade ou localidade a infraestrutura necessária e adequada, bem como planejamento e organização administrativa para o seu bom funcionamento. Nesse contexto, sabemos que a partir do século XIX com o advento da Revolução Industrial o processo de urbanização se acentuou, pois a massa urbana cresceu impulsionada pela procura de emprego e melhores condições de vida nos grandes centros. Ao passar dos anos, surgiram as metrópoles e com elas alguns problemas tais como os ocasionados pela falta de boa administração pública - dificultando a ocupação ordenada das cidades - e ainda os congestionamentos que ocasionam alguns transtornos aos cidadãos.

A partir dessa perspectiva é importante destacar alguns problemas enfrentados pela Administração Pública os quais comprometem a ocupação urbana ordenada. Aqui podemos citar a falta de Políticas Públicas voltadas à moradias dignas para os cidadãos brasileiros, bem como uma infraestrutura ao redor desses locais. Dessa forma,é notório o processo de desenvolvimento de determinadas regiões com suporte sociais e econômicos em detrimento a outras. Não é incomum, por isso, que algumas aéreas urbanas recebam maior investimento público e privado e ainda diferente especulação imobiliária, evidenciando as disparidades entre as localidades de uma região para outra nos municípios.

Além disso, é válido ressaltar que a falta de ocupação ordenada e planejada nas cidades ocasiona consequências como os congestionamentos, pois as metrópoles oferecem mais serviços e oportunidades e com isso atraem um enorme fluxo de automóveis diariamente. Tal situação se agrava com a ausência possibilidade de postos de trabalhos ao redor das cidades menores, empurrando mais pessoas para os grandes centros, provocando um processo de inchaço da população que frequenta aqueles espaços e esvaziando as localidades menores; este fenômeno é conhecido como migração pendular.

Portanto, a urbanização da sociedade contemporânea é um tema que deve ser analisado com cautela hodiernamente, visto a complexidade que permeia o assunto. Assim sendo, é necessário buscar alternativas para enfrentar os problemas provocados pela falta de planejamento urbano; buscando diversas Políticas Públicas que viabilizem a criação de incentivos fiscais governamentais para incitar a moradia e o comércio e serviços nas cidades circunvinhas às metrópoles, com ações integradas de engenheiros, arquitetos e assistentes sociais implementando áreas mais desenvolvidas nesses locais. Por outro lado, é importante criar - por intermédio dos órgãos estaduais competentes - um programa de tráfego de automóveis e transporte público com menos veículos nas ruas, o qual poderia se chamar "Deixe seu carro em casa". Nesse contexto, além de ser implantados rodízios desses transportes, seria ainda possível políticas de gratificações e descontos em parceria com os comerciantes locais para a população que aderisse a ideia de usar menos veículos. Assim, poderia-se minimizar em grande escala os problemas modernos de urbanização.








quinta-feira, 28 de março de 2019

Alienação X Informação


A manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet é um fenômeno que vem ocorrendo com maior frequência nos últimos anos, devido não apenas ao maior uso dessa plataforma pelas pessoas ao redor do mundo, mas também pela a utilização de automação informática como, por exemplo, os algoritmos que se configuram como uma tecnologia bem avançada no que se refere ao assunto em tela. Esses aspectos nos levam a questionamentos sobre segurança de dados e o poder de escolha dos usuários frente à enxurrada de variedade de conteúdo online nos espaços cibernéticos hodiernos.

Porquanto, pesquisas recentes demonstram que no Brasil mais de 50 porcento das pessoas com idade maior que 10 anos utilizam a internet, esse número mostra que é bastante expressiva quantidade de indivíduos que usam tal meio de comunicação na atualidade. Todavia, é importante refletir qual conteúdo essa pessoas veem e como o utiliza. Outro aspecto a ser questionado seria qual a política de segurança de dados é imposta às empresas de mídia digital (como o Facebook) aqui no Brasil e como tais grupos comercias utilizam os dados captados desses usuários.

Após a segunda metade do século XX tivemos o advento da Terceira Revolução Tecnológica (que aliou ciência e tecnologia), por causa dela, muitos instrumentos e técnicas foram aprimorados no mundo, o que possibilitou o avanço da internet - por exemplo. Nesse contexto, temos atualmente a utilização de mecanismos inovadores como os algoritmos, os quais se conceituam como uma sequência finita e ordenada de passos (regras), com um esquema de processamento que permite a realização de uma tarefa (resolução de problemas, cálculos). Dessa forma, quando usados em sites ou redes sociais, os algoritmos podem monitorar e/ou filtrar as ações e gostos dos usuários e influenciá-los de muitas formas, ao ponto de não sabermos se o usuário tem ou não o poder de escolher o que irá consumir na internet hoje.
Portanto, a manipulação de dados dos usuários na internet é um assunto que aspira cuidados não apenas das pessoas, mas também do governo brasileiro, pois o mesmo tem o dever constitucional de zelar pela segurança dos cidadãos. Nesse sentido, seria importante que os brasileiros tivessem mecanismos de se informar sobre a segurança de dados; de maneira que fossem expostos todos os riscos que a utilização daquelas plataformas digitais pode causar aos usuários. Além disso, é nítido que com a utilização cada vez maior da Web as escolas terão que possibilitar aos alunos um conhecimento voltado para informática (sob um ângulo mais aprofundado) e para a boa utilização desta. Essas atividades poderiam ser desenvolvidas em Simpósios ou Seminários, em encontros explicativos, rodas de conversas e também debates. Não obstante, os usuários da internet podem se tornar apenas massa obediente e alienada digital.




Entre o preconceito e a educação

Adoção é um gesto de amor; pelo próximo e por si. Neste sentido o filósofo prussiano Immanuel Kant disse décadas atrás que o amor é algo importante, quanto mais o temos, mais fácil será nossa passagem pelo mundo. Para tanto, é possível notar que apesar de adotar ser um gesto positivo, a realidade da adoção no Brasil ainda é permeada por questões muito específicas de uma sociedade que luta há tempos contra o preconceito de classes sociais e de cor. Além disso, é notório que o contexto cultural do sistema de adoção de pessoas em nosso país tem raízes numa questão de educação da população.

A partir dessa perspectiva é importante discutir o cenário das crianças aptas a serem adotadas no Brasil, pois dados recentes dizem que mais de 40 porcento delas são denominadas pardas e que mais de 60¢ dessas crianças (nesta situação) têm irmãos dispostos a serem adotados também. Por outro lado, outros dados relevantes confirmam que o perfil mais procurado por casais são de crianças de 0 a 3 anos, idade esta que figura entre a menor parcela dos meninos e meninas que buscam por uma nova família. Portanto, causando um problema evidente entre a oferta e a procura; aspecto que denuncia o pensamento preconceituoso de uma parcela significativa dos adotantes brasileiros.

Além disso, é preciso refletir sobre o contexto educacional da sociedade brasileira, a mesma que ao longo da história conviveu com desigualdades oriundas de uma mentalidade classista, herdada da colonização portuguesa e de um pensamento escravocrata, algo que até hoje está arraigado no imaginário do nosso povo – a qual distingue pessoas por situação financeira ou por cor da pele. Tudo isso atrelado a uma educação pública deficitária e ao acesso desigual entre a população de alta e baixa renda aos serviços básicos oferecidos pelo estado. Esses fatores acabaram por aprofundar uma educação e uma sociedade pouco inclusiva, algo que vem mudando com o tempo por aqui, porém que ainda existe.

Portanto, os problemas relacionados à adoção no Brasil precisam ser vistos com cuidados especiais pela sociedade e pelo governo. Dessa forma, vale investir em propagandas institucionais (financiadas pelo governo federal), que busque dialogar com a sociedade sobre os dramas das pessoas que não têm lares biológicos saudáveis e a real situação do tema “Adoção” no contexto brasileiro. Bem como, se faz necessário discutir o perfil que é imposto pelos adotantes, alertando para a demanda e os perfis das crianças aptas à adoção, debatendo em eventos, simpósios e seminários - abertos à sociedade e com parcerias das escolas - o tema em questão. Tudo isso possibilitaria uma aproximação das famílias e dos próprios jovens; nesse sentido, poderemos vislumbrar um cenário mais favorável para a problemática no Brasil.

domingo, 24 de março de 2019

O silêncio sobre o feminino no Brasil

A questão da mulher na sociedade atual é uma construção social. Tal informação (parafraseada aqui) é de autoria do historiador Leandro Karnal  e confirma um contexto que expõe a mulher e o feminino às questões atuais de violência doméstica ou de diferenças salariais e de oportunidades no mercado de trabalho, que podem ser justificadas tanto no patriarcalismo quanto na misoginia; ambos, como disse o mesmo autor um esteriótipo ou modelo afirmado e confirmado ao longo dos anos e que - apesar de alguns avanços - ainda persiste numa situação opressora vivenciada pelas mulheres brasileiras hoje.

Na década de 1930 no Brasil a mulher conquistou o direito ao voto, este fato social parece uma grande conquista, porém é válido lembrar que tal acontecimento histórico (dizem alguns historiadores) trouxe um período de marasmo à luta feminista no país. Nesse contexto, é interessante saber que na situação cultural, na qual estavam estas mulheres envolvidas, possivelmente o voto não seria uma manifestação livre, pois se sabe que as famílias eram comandadas pelos homens e possivelmente o voto das mulheres também. O patriarcalismo era um fenômeno muito comum, quando diferente de hoje, não existiam famílias comandadas e abastecidas essencialmente por mulheres.

Além disso, é possível perceber os costumes e alguns aspectos da sociedade brasileira e ocidental  falocêntrica apoiados em certos valores morais como os mostrados no filme americano de 2003 "O Sorriso de Monalisa", o qual contextualiza a educação de jovens mulheres ricas numa escola tradicional no início da década de 1950 nos EUA, as quais são moldadas a serem mães e mulheres casadas tradicionais. Neste sentido, é interessante pensarmos que de alguma forma criou-se formas de atuações culturais que definiram papeis para os gêneros humanos (feminino e masculino), com moldes bem definidos, os quais pregou uma guerra entre os sexos, que banaliza a mulher e mitiga o valor da do feminino em determinados setores sociais. Tal elemento desenvolveu tanto a falta de respeito quanto a aceitação do homem para com a mulher, apontando a misoginia como algo comum nos ambientes profissionais e pessoais.

Portanto, o papel da mulher em nossa sociedade atual é fruto de uma construção social. Para mudar os rumos das situações misóginas que continuam ocorrendo seria importante que em primeiro plano as mulheres e os homens pudessem receber uma educação escolar e familiar menos preconceituosa desda da tenra idade. As escolas poderiam receber incentivos governamentais com Políticas Públicas, no sentido de viabilizar eventos sobre o orgulho feminino nas escolas e ambientes públicos municipais. Além disso, em segundo plano, a misoginia deveria passar a tipo penal, com lei específica, sanções e penas devidas. Dessa forma, o tema teria maior repercussão e poderia inibir o preconceito de gênero no Brasil, tratando a polêmica com a importância devida. Tais medidas poderiam dar enfoque maior e mais visibilidade à mulher na sociedade brasileira atual, imputando voz a esta parcela majoritária da sociedade, que clama - em muitos momentos silenciosamente - nos lares e espaços urbanos deste país.

Saiba mais sobre o tema.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

O tema da Redação 2018

Olá, pessoal!

Voltei hoje, após uma lacuna criativa de textos aqui. Isso por causa de uma falta de tempo sobrando para atualizar o blog, mas não pela falta de vontade de me comunicar.

Ontem (04) foi a prova do Enem 2018 e a aplicação da prova de Redação. O tema foi uma grande surpresa e trazia "A manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet".
Entre outras coisas, os textos de apoio falava sobre algoritmo!

E sobre o Enem levantar essa problemática e esse assunto acredito que foi uma discussão muito densa para alunos de Ensino Médio, principalmente da rede pública de ensino brasileira. Ainda precisamos de uma caminhada muito relevante para alcançarmos um patamar de ensino destes.

Assim que vi o tema e fiz algumas pesquisas automaticamente pensei em algumas teorias da Comunicação e manipulação de massas e tal...

Mas, essa teoria eu só tive contato na Universidade de Jornalismo, então... Pensei que os alunos iriam sentir dificuldade em escrever sobre essa temática.

Talvez o Inep devesse repensar esses temas densos, e para que isso ocorresse, o governo poderia melhorar  a qualidade das escolas públicas e investir mais na Educação brasileira.


quarta-feira, 11 de julho de 2018

Conexões


As redes sociais têm sido um fenômeno intrigante na vida de todos nós. Passamos a nos conectar diariamente com elas, sem perceber ou questionar; é algo da nossa realidade cotidiana há algum tempo já. Quem nunca acordou pela manhã e checou suas mensagens no Whats App, ou ficou bem ansioso aguardando uma resposta de alguém?

Eu sou de uma geração que não usou computadores na infância e que viu a internet virá febre a partir da adolescência e da vida adulta, e portanto, participei dessa construção do cenário que vigora atualmente. E afirmo que isso tudo me choca em dado momento, me apavora em outros, me vislumbra logo em seguida.

Tudo isso me faz refletir sobre o bom uso dessas ferramentas virtuais! 

Dialogo comigo mesma sobre a vida hodierna e suas facilidades, as suas evoluções, mas sobretudo, dos costumes que passaram a tomar conta de todos nós a todo instante, hábitos e falas, gírias, comportamentos, e em como ocorrem hoje nossos relacionamentos virtuais, nossos contatos virtuais, como fazemos compras, na utilização de serviços, a forma como fazemos nossos estudos virtuais, e etc.

É verdade que as vantagens são infinitas, pois tudo está ao nosso alcance; porém algumas vezes me pego a pensar nessas relações todas, nesses aspectos e constato que esse aparente estreitamento de distâncias - em muitos momentos - acabam nos distanciando da vida humana, das verdadeiras relações e sentimentos. Estamos muito bitolados aos eletrônicos e passamos a não valorizar o que temos de maior que é a nossa sensibilidade, afinal é esse elemento que nos diferencia das máquinas. Nós somos seres humanos, certo? E essa é a mágica.

Nesse contexto, chamo a uma reflexão profunda sobre nosso dia a dia, nossos hábitos, nossa exposição, e principalmente a nossa perspectiva de vida, pois agora parece que estamos mais sozinhos e dependentes de remédios, de eletrônicos, de mitos, de ídolos e de aceitação do que nunca estivemos. estamos cada vez mais ansiosos, transtornados e doentes. Vejam os consultórios dos médicos, psiquiatras e psicólogos, eles estão sempre cheios!

dessa forma, acredito que vivemos um ciclo de dependência e carência que não é aberta (na verdade escondemos isso), quando nos sentimos conectados ao mundo por uma rede, sendo que ao mesmo tempo estamos sempre sozinhos em nossos carros, lares, salas... É uma espécie de solidão acompanhada.São tempos de egoísmo e muitos complexos de inferioridade que nos levam a denegrir o outro na busca por um empoderamento pessoal, mas como se sentir empoderado e confiante rebaixando o outro? Este outro fará a mesma coisa e isso terá um efeito avalanche na sociedade.

Além disso, noto que expomos nossa vida buscando algo que ainda não identifiquei ao certo: atenção, aceitação, reconhecimento. Preciso observar mais e refletir!

Parece que temos um desejo imenso de tocar o outro com nossas publicações e assim despertar o interesse de alguém; desejamos chamar o foco para nós! precisamos nos sentir importante, mas não revelo isto a ninguém, pois seria um grande sinal de fraqueza. 

Nos expomos às vezes por motivos tristes, em outros momentos para querer demonstrar que estamos bem e felizes, compartilhar conquistas e receber elogios, ou apenas passar uma imagem de que estamos saudáveis, que temos grana ou sucesso. estamos sempre fazendo a nossa propaganda pessoal, como se disséssemos ao mundo: "Me comprem, pois eu sou o modelo da felicidade", quando de fato não somos. No fundo, em nosso quarto, estaremos sempre frágeis e solitários... Mas, jamais poderemos demonstrar esse aspecto de nós mesmos, porque pareceríamos o que somos: imperfeitos.

E neste mundo virtual e encantado em que vivemos hoje pessoas imperfeitas não são bem-vindas. Talvez vivenciamos a "Síndrome do Super Homem e da Super Mulher", e todos precisando nos encaixar nesses moldes. A busca pela perfeição é constante e o medo de não se encaixar nos ronda e nos assombra diariamente e em todos os lugares, inclusive nas redes, enquanto estamos conectados ou desconectados.


terça-feira, 18 de julho de 2017

A solidão

Hoje eu gostaria de falar sobre a solidão. Este estado de espírito sempre fez-me companhia e nunca me causou maiores transtornos; vez ou outro nos aparece, às vezes é bom e às vezes ruim.

Bom ser sozinha para estar consigo mesmo, ou para se amar, se valorizar ou não ter preocupações com nada que não seja está só. Na maioria dos momentos que me senti sozinha, não me causou mal estar e nem dor, simplesmente me fortaleceu o fato de não precisar de alguém para ficar bem.

Este é o ponto! A solidão nos acostuma a nós mesmos, e talvez nos impossibilite de partilhar coisas e de somar e deixar pessoas somarem às nossas vidas. Percebo que quando me acostumei à solidão e gostei dela, eu me afastei do mundo exterior, fiquei mais implícita. 

Em alguns momentos isso me tornou reservada demais, com poucos amigos e até um tanto desconfiada, será que devo deixar fulano se aproximar? Acredito que a solidão não é ruim, mas quando chega um ponto em que estamos habituados a ela, nos questionamos sobre a vida coletiva, o contato e a socialização.

É possível que nos tornemos solitários convictos e deixemos de ter o hábito, o costume e a vontade de cativar o outro e de interagir; e talvez por esse motivo, a solidão não seja de tudo boa. 

Ela pode causar afastamento e em certo ponto tristeza. Não sei em qual momento da solidão me encontro agora, mas sei que ela sempre esteve por aqui. Ao lado de mim ou dentro, escondida. 

A minha solidão é uma amiga que jamais me abandonou definitivamente. Não mesmo!
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