quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Da situação do Gargalheiras



Bem, é triste ler a notícia que o Jornal Tribuna do Norte trouxe hoje (17), dizendo que o Gargalheiras só tem mais 60 dias de água. É desesperador, pois sabemos que a realidade climática, que nossa cidade está inserida é de clima seco e poucas chuvas. Sabemos disso há muito tempo, nascemos e crescemos convivendo com a triste realidade da Seca, certo?

Em minha vida toda convivi com as poucas chuvas na região do Seridó e vi o açucde Gargalheiras sangrar várias vezes. Jamais o vi tão seco, jamais. Porém, apesar de ter aprendido na escola e na prática que morava em uma região que apresentava "sintomas" de deserto, nunca vi ou vivi um contexto real de política pública ou de hábito social em relação à economia de água. Salvo atitudes que sempre mantive (por vontade própria) jamais vi campanhas e ações enfáticas de racionamento, antes de chegarmos a esse limite hodierno. Isso vejo como uma grande falha nossa! Seridoenses.

Portanto, lamento viver essa realidade de falta d' água (porque ninguém gostaria de ficar sem água), fico triste por acompanhar a situação atual do açude, que figura como uma das maravilhas do nosso estado, e me revolto e entristeço ainda mais por saber, que nós (sociedade civil), já de certa forma sabíamos que isso poderia acontecer um dia, e não movemos uma palha pra melhorar nossa relação com o meio em que vivemos.

Espero verdadeiramente, que o governo crie mecanismos para que possamos conviver com a seca até que volte a chover no Seridó, porque sabemos - não estamos em período de chuvas. Com isso, admito que apesar de ser espiritualizada, não acredito que pedindo chuva aos céus ela virá. Porque nós temos que ser sábios em nossas relações humanas, temos que tratar a natureza e o que dela tiramos também como muita sabedoria. E em minha opinião, a sociedade moderna está em conflito direto com os recursos naturais, e isso também é bíblico e religioso: saber respeitar o que Deus criou para nós. 

Então, não concordo colocar nas mãos e na responsabilidade do criador uma situação que nós próprios cidadãos criamos, pioramos e demos todas as possibilidades para acontecer.


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