domingo, 5 de outubro de 2014

Um lugar chamado Acari

Política é um troço complicado de se entender. E como jornalista, eu não posso e não devo, deixar de perceber isso tudo. Pois, um jornalista é na verdade um contador de história; e os acontecimentos políticos e seus eventos são (principalmente numa cidade de interior) um fato histórico.

Logo à tarde a rua principal já estava bem movimentada, um fusiê de gente, carros... Quando se aproxima o final da tarde um foguetório no céu é capaz de causar alvoroço nas pessoas, a curiosidade de um gera o boato do outro.

É incrível! O sol lá fora tá pegando fogo como se diz por aqui. Mesmo assim, as pessoas passam o dia andando, conversando, há quem faça reunião de amigos em casa, na calçada (mais numa comemoração fraterna, que propriamente na pretensão de votar e pensar na importância deste dia pra democracia do país). Até porque esse é o momento de voltar à terra para rever os amigos e familiares.
Pronto, deu 17h! Aí parece que todos os ânimos se afloram.  O que parece é que a pessoa passou o dia todo com a “boca amarrada” com uma mordaça, e o grito que estava preso agora pode ser liberado. Sobe gente, desce gente! Começa a boataria: Fulano está na frente, beltrano ganhou num sei onde. É um disse me disse... Chega a ser um pouco cômico pra quem está de fora só observando.

De repente um furo jornalístico se espalha rapidamente. Não sei quem foi o repórter que conseguiu tal feito! Mas, num instante (antes das urnas serem computadas totalmente) todos já sabem quem ganhou na cidade e qual foi a maioria.

Daí por diante é alegria de uns e tristeza de outros! É mulher pulando na beira da pista, é moto correndo desgovernada - no meio da multidão - buzinaço, fogos, demonstrações das mais variadas e interessantes possíveis.


Vale a pena observar! O ser humano quando tomado pela paixão (seja ela qual for) é uma das expressões mais genuínas e criativas que eu já fui capaz de presenciar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário