Política é um troço complicado de se entender. E como
jornalista, eu não posso e não devo, deixar de perceber isso tudo. Pois, um
jornalista é na verdade um contador de história; e os acontecimentos políticos
e seus eventos são (principalmente numa cidade de interior) um fato histórico.
Logo à tarde a rua principal já estava bem movimentada, um
fusiê de gente, carros... Quando se aproxima o final da tarde um foguetório no
céu é capaz de causar alvoroço nas pessoas, a curiosidade de um gera o boato do
outro.
É incrível! O sol lá fora tá pegando fogo como se diz por
aqui. Mesmo assim, as pessoas passam o dia andando, conversando, há quem faça
reunião de amigos em casa, na calçada (mais numa comemoração fraterna, que
propriamente na pretensão de votar e pensar na importância deste dia pra
democracia do país). Até porque esse é o momento de voltar à terra para rever
os amigos e familiares.
Pronto, deu 17h! Aí parece que todos os ânimos se
afloram. O que parece é que a pessoa
passou o dia todo com a “boca amarrada” com uma mordaça, e o grito que estava
preso agora pode ser liberado. Sobe gente, desce gente! Começa a boataria:
Fulano está na frente, beltrano ganhou num sei onde. É um disse me disse...
Chega a ser um pouco cômico pra quem está de fora só observando.
De repente um furo jornalístico se espalha rapidamente. Não
sei quem foi o repórter que conseguiu tal feito! Mas, num instante (antes das
urnas serem computadas totalmente) todos já sabem quem ganhou na cidade e qual
foi a maioria.
Daí por diante é alegria de uns e tristeza de outros! É
mulher pulando na beira da pista, é moto correndo desgovernada - no meio da
multidão - buzinaço, fogos, demonstrações das mais variadas e interessantes
possíveis.
Vale a pena observar! O ser humano quando tomado pela paixão
(seja ela qual for) é uma das expressões mais genuínas e criativas que eu já
fui capaz de presenciar.
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