Bonner é menos hostil em entrevista com Marina

Sobre a entrevista com a presidenciável Marina Silva, na noite desta quarta-feira (27) ao Jornal Nacional, avalio (minha opinião, que fique claro), que foi uma boa entrevista. Julgo de forma positiva - primeiramente por parte dos entrevistadores e depois em relação à Marina.

Willian Bonner desta vez se comportou como eu acredito que deve ser tratada uma entrevista jornalística, séria realizada por um profissional experiente, competente como ele. O ponto negativo foi o tempo, muito curto (mas isso é TV), para falar de coisas tão importantes, quanto as propostas para o cargo mais importante do país. Outro ponto foram as tão faladas interrupções nas falas dos entrevistados (fica grosseiro. Até porque ninguém quer ser mal tratado numa entrevista em rede nacional). E sobre o discurso de Marina, ela parecia bem tranquila em suas repostas.

E Patrícia Poeta foi como sempre, uma coadjuvante no JN.

Sobre o depoimento de Marina Silva sempre admirei-a como pessoa e sua trajetória política e profissional. É uma mulher de fibra, a respeito muito e não é de hoje! Admiro inclusive sua defesa pelas questões relacionadas ao Meio Ambiente e aos povos indígenas.

Marina para Patrícia e Bonner: "Não conhece minha trajetória" e "Só vê um lado da moeda". 

Podiam ter dormido sem essas...

Marina Silva é sabatinada no JN.

Assista aqui a entrevista na íntegra.

"Antes da Chuva": o 1º filme macedônio a ser indicado ao Oscar

O filme "Antes da Chuva" é dividido em três histórias, e explora os trágicos e mal-sucedidos casos amorosos em diversos ambientes diferentes. 

Na primeira, chamada "Words", um jovem monge, Kiril (Grégoire Colin), se apaixona por Zamira (Labina Mitevska), uma jovem albanesa acusada de assassinato, deixa o monastério pela amada e ambos partem em uma viagem pelas terras da Macedônia.

"Faces" é situada em Londres e apresenta a vida de Anne (Katrin Cartlidge), uma editora de imagem que está dividida entre o amor de seu marido, Nick (Jay Villiers), e a atração que sente por Aleksandar (Rade Serbedzija), um fotógrafo de guerra. 

Já "Pictures" traz as duas tramas anteriores juntas, focando na volta de Aleksandar a Macedônia, onde ele se instala. Um fotógrafo de guerra, que recentemente ganhou o prêmio 

Esse foi o primeiro filme Macedônio a ser indicado ao Oscar!

Em minha opinião um filme muito interessante. Cenas lindas e poéticas, ao mesmo tempo tristes e trágicas. Particularmente, mostrou-me o quanto o mundo é cheio de conflitos e realidades diferentes. Conflitos dos mais variados, sejam eles interiores e sentimentais como interpessoais, étnicos ou políticos.

O filme faz refletir sobre a nossa realidade e sobre quantas coisas podem estar acontecendo neste momento pelo mundo. Perto ou longe! Por exemplo, quantas pessoas estão envolvidas em guerras agora? Quantas crianças, idosos gente de todo tipo e idades, presos em situações que, muitas vezes não concordam, mas, que se acostumaram a conviver por causa dos vínculos que criaram naquele lugar, ou pelo simples fato de não conseguirem sair ali. OA personagem do fotógrafo no filme mostra isso de forma clara, ele retorna para sua região de origem após vários anos longe, sente-se impotente diante daquela realidade, que apesar de não concordar, nada pode fazer para mudá-la.

Prêmio Pulitzer

O Prêmio Pulitzer é um prêmio americano outorgado a pessoas que realizem trabalhos de excelência na área do jornalismo,literatura e música. É administrado pela universidade em Nova York. Foi criado em 1917 por desejo de Joseph Pulitzer que, na altura da sua morte, deixou dinheiro à Universidade de Colúmbia. Parte do dinheiro foi usada para começar o curso de jornalismo na universidade em 1912.

É anunciado sempre em abril e os indicados são escolhidos por uma banca independente.Os prêmios são anuais e divididos em 21 categorias. Em vinte delas, os vencedores recebem um prêmio de dez mil dólares em dinheiro e um certificado. O vencedor na categoria Serviço público de Jornalismo ganha uma medalha de ouro; o prêmio de Serviço Público é sempre dado a um jornal, não a um indivíduo, mesmo que um indivíduo seja citado.

Apenas matérias e fotografias publicadas por jornais nos Estados Unidos são elegíveis pelo prêmio de jornalismo.

Para quem ficou curioso basta clicar aqui e assistir!

Alunos da UFCG lamentam a partida trágica do professor Anrafel Medeiros

Professor e advogado Anrafel Medeiros Lustosa.

"Não é o tipo de matéria que costume postar e gostaria de não ter que publicar algo tão triste em meu blog. Porém, julgo importante fazer essa homenagem ao professor (que apesar de não ter conhecido), era alvo de admiração de muitos dos meu colegas, em Sousa".  

O professor e advogado Anrafel Medeiros, que lecionava atualmente a disciplina Direito Tributário, no CCJS (Centro de Ciências Jurídicas e Sociais), em Sousa, sofreu um grave acidente por volta das 18:20h desta segunda-feira (25), na BR 230. A tragédia ocorreu quando ele seguia para a cidade de Cajazeiras, onde daria aulas. O veículo que Anrafel dirigia sofreu uma colisão e incendiou na hora. 

Anrafel era um professor admirado pelos estudantes do curso de Direito, Campus de Sousa, onde ele esteve hoje durante o dia ministrando aulas como de costume.

Chocados com o triste acidente, seus alunos manifestaram-se nas redes sociais, demonstrando o pesar e a tristeza pela perda repentina do mestre tributarista.

"Sempre temos a sensação da vida 'eterna'. Ao menos imaginamos que ninguém do nosso ciclo pode morrer... A morte chega do outro lado, nunca por perto.

Hoje a Paraíba perde um dos melhores mestres tributaristas, advogado, exemplo de vida.

Mesmo distante de Sousa, não há como ficar imune a essa dor. O CCJS perde um grande profissional. Agradeço a Deus por ser agraciada em ter conhecido esse nobre professor.

A vida é um sopro"...

Anrafel :~~

(Alick Farias)

"Quanta tristeza em um mês só..

Hoje perdemos um grande Mestre, um professor que não cansava de dizer ser um dos melhores que o CCJS ja teve. Grandes foram os ensinamentos e para nós que hoje tivemos a oportunidade de nos despedirmos na aula de Prática ficam as boas lembranças de uma pessoa exemplar, de um profissional ímpar... Vá com Deus, Anrafel..que os anjos te receba com a paz que você merece". — se sentindo triste.

(Kamila Feitosa)

"Muito triste com a morte do Grande professor Anrafel. Deus conforte sua familia e os anjos o acolha no Paraíso. Dai-lhe Senhor o repouso eterno e brilhe para ele a vossa luz".

(Tiago Fernandes)

"Esse ano realmente é o ano das grandes perdas! Descanse em paz Professor Anrafel!"

(Anderson Vieira)

Pra ser mais feliz

Se tem uma coisa que eu admiro é ver uma pessoa espiritualizada, focada, serena. Acho que é meu sonho ser assim! Eu sempre paro pra olhar e presto atenção em pessoas que pregam esses ideais de vida, mesmo que eu acredite que muito do que dizem eles nem consigam fazer. Mas tudo bem!

Todavia, acho que admiro a vontade de ser daquele jeito que essas pessoas têm, e que eu tenho também. Pelo menos na minha cabeça, no meu desejo é como eu sei que tem que ser. Como almejo ser!

Levar uma vida mais tranquila é o lema que eu persigo. Eu gosto de natureza e de contemplar o mundo do jeito que ele é. Sou fascinada por coisas antigas, não pelo fato de serem velhas, mas porque aquilo tem uma história natural de vida. Ali também existe algo de pessoas e vivências. São como rugas de expressão, que agregam experiências aos rostos que as carrega. Eu curto isso! Ser o que se é. A naturalidade do mundo me fascina! Acho charmoso. Por isso também, gostaria de comer coisas naturais o tempo inteiro, mas é claro, sei que no mundo de hoje isso é bem complicado de sustentar-se. Na minha opinião, a purificação deveria vir de fora pra dentro. Uma limpeza geral de alma, corpo, mente, pessoas e universo. Isso seria incrível! Um bem estar com a vida mesmo.

E é aí que eu vejo um paradigma nesse assunto. Como assisto muita TV, acompanho esse tipo de comportamento mais em pessoas famosas, ouço falar, os vejo comentar sobre suas vidas saudáveis e tal. E muitas dessas pessoas, que falam sobre isso são basicamente as que eu admiro de alguma forma. No meu julgamento são pessoas realmente interessantes, inteligentes e bem sucedidas. Porém, não costumo ter contato com gente assim não! No dia a dia e tal... Gente natureba mesmo! Pessoas que vivem espiritualmente o dom da vida.

Sinceramente ao meu redor (falando na real), as pessoas comem muita carne vermelha, bebem e fumam, dão valor às festas (com isso a perda de sono), ao dinheiro e dificilmente contemplam o mundo ao seu redor, e às maravilhas naturais que temos nesse mundo.  A maioria não faz exercício (as que fazem são por outros motivos ), nem ligam pro espiritual, vivem estressados e não fazem o menor esforço pra mudar de vida. Querem ter algo, mas nunca se esforçam pra permanecerem nem vivos! Dizem ser coisa de gente fresca ou rica! Aqui, nesse mundinho ao qual pertenço, a roupa e o calçado novo importam mais que a saúde e o bem estar! Beber até de manhã é mais gratificante que um sono bem tranquilo e reparador. O cabelo escovado e pintado é mais admirado que o natural. O emprego e, mais ainda, o salário que se ganha é alvo de interesse mais feroz que uma simples gargalhada espontânea. Que sabemos: cura!

Ou eu vivo no ambiente errado ou não sei o que é... Porque eu não gosto de ficar pendurada ao telefone, de barulho, de churrasco, de ar condicionado. Não mesmo. Acho que é a vida é bem melhor sem isso!

No entanto, na sociedade que eu convivo as pessoas são egoístas e preguiçosas (não estou dizendo que não sou assim também às vezes). Mal agradecidas e nada educadas! Elas se preocupam com suas necessidades, vaidades e detestam serem postas em segundo plano. Não há espaço pra gentileza, calmaria e contemplação. A vida atual é um show de vaidades, onde cada um que aparecer mais e melhor que o outro. Eu não gosto de viver assim. A vida que eu quero levar me imprime suavidade e atitudes positivas. Isso pode fazer a diferença na sociedade. Eu acredito!

Apesar disso, ainda não sei como consegui-la! Por enquanto estou apenas vislumbrando, sonhando, querendo e planejando.

Mas um dia eu chego lá.

Após fazer algumas novelas na globo, ex-galã trabalha como vendedor em shopping

A maioria das pessoas pensam que se alguém trabalha na TV, por exemplo numa novela, é milionário e vive muito bem pra sempre. Então, achei interessante publicar essa matéria sobre o ator Daniel Dalcin, de 28 anos. Ele está trabalhando como vendedor numa loja de shopping, no Rio de Janeiro, após inúmeras tentativas frustradas na TV.

Daniel Dalcin, ator.

Segundo a avó do rapaz ele não conseguiu mais oportunidades na TV e precisou trabalhar com outra coisa para sustentar-se. 

"Meu neto está ainda mais bonito, mas ninguém o chama para trabalhar", afirma ela. "Ele não largou [a carreira artística], mas não pode ficar sem fazer nada, né? Ele precisa comer", confirmou Darcy a avó de Daniel.

O meio televisivo é bastante difícil e efêmero! Poucos conseguem um contrato com a empresa, a grande maioria dos atores que vemos em novelas, programas, são apenas contratados temporariamente. 

Novelas

O ator ficou conhecido por ser protagonista de "Malhação", junto com Bianca Bin, 23, Humberto Carrão, 22, e Jessika Alves, 23, mas o seu último trabalho foi em "Lado a Lado" (2012). Daniel começou a atuar na Record, onde fez "Vidas Opostas" (2006) e "Amor e Intrigas" (2007).

É a realidade pessoal! 

Com informações do Yahoo Celebridades.

Leonardo Boff estará na UFRN dia 27

No próxima dia 27 estará em Natal, na UFRN, o professor e teólogo brasileiro Leonardo Boff. Na ocasião ele ministrará a palestra intitulada " Ecologia: o papel da Universidade no mundo contemporâneo, alusiva a aula inaugural do semestre letivo 2014.2, da UFRN.

A "Aula Magna" proferida por Leonardo terá início às 9h e será no auditório Prof. Otto de Brito Guerra, no Campus Universitário de Natal.

Leonardo Boff

Leonardo Boff, nasceu em Concórdia (SC), no dia 14 de dezembro de 1938,  um teólogo brasileiro, escritor e professor universitário, expoente da Teologia da Libertação no Brasil. Foi membro dos Franciscanos. Ficou conhecido pela sua história de defesa das causas sociais. Atualmente dedica-se sobretudo às questões ambientais.

Seus conceitos teológicos sobre a doutrina Católica com respeito à hierarquia da Igreja, expressos no livro Igreja, Carisma e Poder, renderam-lhe um processo junto à Congregação para doutrina da Fé, então dirigida por Joseph Ratzinger, depois Papa Bento XVI. O documento final desse processo foi assinado pelo próprio cardeal Ratzinger e conclui que "as opções aqui analisadas de Frei Leonardo Boff são de tal natureza que põem em perigo a sã doutrina da fé, que esta mesma Congregação tem o dever de promover e tutelar" . Em 1985, foi condenado a um ano de "silêncio obsequioso", perdendo sua cátedra e suas funções editoriais na Igreja Católica. Em 1986, recuperou algumas funções, mas sempre sob observação de seus superiores. Em 1992, ante novo risco de punição, desligou-se da Ordem Franciscana e pediu dispensa do sacerdócio.

Como a tragédia com Eduardo Campos mudou os números da campanha eleitoral no Brasil

Nesta segunda-feira (18) foi divulgada uma pesquisa de intenção de votos para a presidência da República. E o panorama que a pesquisa demonstrou deixou uma pulga atrás da minha orelha. Algo interessante me chamou atenção...

Não levemos em consideração a tragédia, o drama familiar... Vamos falar de política, mais precisamente da campanha eleitoral de 2014.

Desde a última quarta-feira (13), quando o avião que levava o candidato do PSB Eduardo Campos (e apontado como 3º lugar em pesquisas até aquele dia), caiu não houve fatos novos, programas, serviços prestados à sociedade, nada. Da quarta até hoje o que já existia de contribuição de Eduardo, Marina, Dilma, Aécio... Tudo já estava posto!

O crescimento estrondoso nos números da campanha de uma possível candidatura de Marina Silva, agora como presidente, não conseguida por ela própria quando divulgada sua possível candidatura lá atrás (quando ainda nem era a vice de Eduardo), nem tampouco pelo próprio Eduardo quando estava vivo, e  junto com Marina Silva numa chapa só -  até aquela quarta-feira trágica.

Como explicar esse crescimento? Consternação popular, solidariedade com a família, com os sonhos que se perderam junto àquela aeronave que encontrou o chão, projetos e lutas que explodiram e se espedaçaram como as peças do Cesnna... Difícil saber.  O que é perceptível constatar é que a morte nos faz mártir (sem tirar nenhum mérito de Eduardo Campos, como ser humano ou homem púbico), e que a política (por mais que não aceitemos) tem um caráter emocional gigante.

O que me intriga nessa história é, sobretudo, a maneira leviana com que (muitas vezes) nós avaliamos nossos representantes. Porque se antes a maioria de nós não concordava que Eduardo Campos e Marina Silva eram capazes de nos representar bem na Presidência da República, por que agora depois de sua morte a realidade mudou?

Eu não falo aqui de partidos. Falo sim de avaliações, de escolhas acertadas e de termos a consciência (tão declamada por todos nós) em votar direito. Tendo a capacidade de discernir quem de fato atingirá nossas expectativas, quando estiver no poder.

Que fique claro: Eu nunca tive a intenção de votar em Eduardo Campos, e confesso que não conheço sua vida pública e nem saberia avaliar seu perfil político. A verdade que antes de consolidada a coligação dos partidos dele e de Marina, eu até cogitava a possibilidade sim de votar nela, por admirá-la e sentir que seus propósitos de vida e política poderiam coadunar com o meu ideal de governo para o Brasil. Confesso ainda que não gostei dela não ter conseguido ser candidata à presidência e logo após ter se ligado ao PSB, e concordado em ser vice de Eduardo Campos. Mas isso era uma análise particular.

O interessante nisso tudo,  e que julgo intrigante é a possibilidade de um fato (trágico é verdade), mudar radicalmente em menos de uma semana o panorama político de um país tão castigado como o nosso. O meu desejo é que passado o susto, nós possamos pensar bastante e com muita cautela elaborar os critérios que usamos para definir nosso voto. Porque devemos ter a consciência de que aquela pessoa será, por no mínimo quatro anos, o líder que comandará (pelo menos oficialmente) o Brasil.

Milena Chaves

Normcore: um jeito simples de ser fashion

Cameron Diaz: básica, chique e "Normcore"!

Não ter estilo próprio agora tem nome: Normcore! A palavra foi criada pela empresa K-Holes (que faz pesquisas sobre tendências) e popularizada pelo "The New York Times". O termo em inglês deriva da combinação entre "Normal e "Hardcore" e define o estilo básico, despojado e despretensioso de se vestir.

Então, se você gosta de moda, mas prefere looks mais confortáveis e não segue nenhum esteriótipo, você é uma "Normcore".

Veja alguns looks de celebridades consideradas "Normcore" também:

Gisele Bundchen, um ícone do estilo "Normcore".

Quem também adora looks mais casuais é a atriz americana Katie Holmes.

Acari do meu amor

Foto: Susany Diniz

Os badalos do sino ao meio dia cessaram.  A derradeira alvorada acabara de soar dentro em mim...

A última novena, a última missa matinal... A procissão se aproxima. Momento de fé e resignação de milhares de cristãos-católicos, lugar de agradecer pelas bênçãos e graças alcançadas, palco de muitas promessas reinventadas.

A cada ano um gosto novo, com sabor antigo. Parece passar o tempo, sem sair do lugar. Acari, vedete do Seridó- hospitaleira cidade, graciosa, jamais será só. Cada um, presente ou ausente, tem arraigada em si essa terra acolhedora e pacata, traz no coração uma saudade tristonha de quem jamais esquece os momentos vividos e eternizados em cada pedra calcada neste chão.

Há nesse solo um mistério não desvendado, uma espécie de devoção e bem querência inesgotáveis. Não há defeitos ou falhas nessa relação amorosa, pois quem é acariense ou simplesmente gosta de Acari, sente uma vontade perene de estar aqui e de participar desse momento ímpar que é a festa de agosto.

É cristão e profano, é sereno, doce e também visceral. Acari tão pequena e simples! Agrada e conquista pessoas sem olhar a quem. Gente simples e gente grande... Todos sentem essa expectativa que se aproxima ao mês de agosto e sofre quando ele se vai.

A gente quer que esses 10 dias de festa não acabe mais. Porque neles a gente pode tudo. Pode ser quem quer ser, ver quem estava longe e vislumbrar um agosto cheio de novidades e coisas boas pra cada um de nós daqui há um ano. Nosso mês de agosto funciona como uma espécie de ‘Ano Novo acariense’, um marco festivo e sentimental de onde iniciamos novos sonhos e perspectivas. Todo ano é assim. Ao som de cantos e fogos estourando no céu, nossa terra regozija-se com os seus.

Não é nada demais, é só Acari.

Milena Chaves

Agosto- 2014

Porque transbordou

Artigo

Por Milena Chaves

Alguns comentários, fatos e até brigas me chamam atenção em Acari. Tudo relacionado não a Política, e sim relacionado ao que alguns fizeram com ela. Aqui, quem deveria brigar pelo interesse do bem público ou do melhor funcionamento da sociedade, faz o contrário. A campanha eleitoral passou, mas sobrou o discurso raso e a falta de interesse em aprofundar o debate. Nessa terra, as questões sociais do município não importam. As pessoas não importam. O que importa é o partido, o número, a cor.

Veja bem! Por traz dessas letras existe uma cidadã. Seu partido: a cidadania, seu número: o RG, a sua cor: cor de gente.

Paremos pra pensar no sentido e na origem da palavra Política! Segundo Aristóteles, vemos que toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se forma com vistas a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são praticadas com vistas ao que lhes parece um bem.

Penso que a vida em sociedade requer certos laços de união, que há muito foi esquecido por aqui. Pessoas se levantam contra o próximo e se ofendem, se digladiam em praça pública. Não parece ser isso o certo. Onde está a moral, a ética, a educação, o interesse comum? Na terra das cordilheiras, as amizades são pisadas pelas picuinhas! O respeito é massacrado pela baixaria. Com isso tudo, Acari só perde. Quem ama essa terra não comunga com essa atitude... Perdemos nós cidadãos, acarienses.

A vergonha me toma a cada instante, por saber que faço parte de uma sociedade tão insana, que se disfarça de família, prega valores e só destrói. São pessoas, pais, filhos, irmãos, profissionais, que colocam uma paixão política e, por isso mesmo, irracional- em primeiro plano. 

Parecemos muito mais animais rosnando uns para os outros, que homens. Nós batemos nos peitos e gritamos aos quatro ventos, mas uma voz interior sopra na consciência, dizendo que algo está errado. O dinheiro e o poder reinam... Por entre as ladeiras as vozes, ou melhor, os cochichos ecoam. Os mexericos, as intrigas. Acari não pode fazer nada, somos nós quem podemos!

As cadeiras se mexem; os aplausos e vaias se alternam. É trágico e cômico, cômico e trágico. Mais ainda: é humilhante e “degenerador” o que deixamos acontecer, o que fazemos acontecer. Só posso crer no caos do sistema imaginado por Marx. É a avalanche final do início do fim! 

Mas a culpa não é do novo tempo, é culpa nossa, minha e sua. É culpa do homem velho que vive no tempo novo, e que faz o velho querendo que o novo aconteça. Nós somos os agentes transformadores. Está em nós o poder de fazer melhor e diferente; de permitir que a sociedade melhore e evolua. Será que de fato estamos fazendo algo sobre isso?

Reflita!