terça-feira, 18 de julho de 2017

A solidão

Hoje eu gostaria de falar sobre a solidão. Este estado de espírito sempre fez-me companhia e nunca me causou maiores transtornos; vez ou outro nos aparece, às vezes é bom e às vezes ruim.

Bom ser sozinha para estar consigo mesmo, ou para se amar, se valorizar ou não ter preocupações com nada que não seja está só. Na maioria dos momentos que me senti sozinha, não me causou mal estar e nem dor, simplesmente me fortaleceu o fato de não precisar de alguém para ficar bem.

Este é o ponto! A solidão nos acostuma a nós mesmos, e talvez nos impossibilite de partilhar coisas e de somar e deixar pessoas somarem às nossas vidas. Percebo que quando me acostumei à solidão e gostei dela, eu me afastei do mundo exterior, fiquei mais implícita. 

Em alguns momentos isso me tornou reservada demais, com poucos amigos e até um tanto desconfiada, será que devo deixar fulano se aproximar? Acredito que a solidão não é ruim, mas quando chega um ponto em que estamos habituados a ela, nos questionamos sobre a vida coletiva, o contato e a socialização.

É possível que nos tornemos solitários convictos e deixemos de ter o hábito, o costume e a vontade de cativar o outro e de interagir; e talvez por esse motivo, a solidão não seja de tudo boa. 

Ela pode causar afastamento e em certo ponto tristeza. Não sei em qual momento da solidão me encontro agora, mas sei que ela sempre esteve por aqui. Ao lado de mim ou dentro, escondida. 

A minha solidão é uma amiga que jamais me abandonou definitivamente. Não mesmo!
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