quarta-feira, 29 de junho de 2016

Da importância que temos e que damos

Um frase na internet me chamou a atenção esses dias... Aquilo ficou matutando em minha mente inquieta e resolvi escrever algo sobre. Qual a frase motivo de inquietação?



Esta é, sem dúvidas, uma frase fortíssima. Dessas que quando a gente lê: para e pensa. É o que acontece comigo sempre que eu passo os olhos nela... Lembro de tê-la escutado no filme "Marley e eu".

Minha resposta vem logo à mente, mas independente dela o sentimento que me permeia é de reflexão. Fico pensando em como tenho sido omissa com algumas pessoas, e como determinadas pessoas têm sido ausentes em mim. 

Nós realmente não temos o controle sobre nossa vida e sentimentos, claro que tentamos; às vezes inutilmente. Daí comumente nos sentimos insatisfeitos com o tratamento que recebemos; muitas vezes aquele para quem mais desejamos ser extraordinários, somos apenas ordinários.

E em outros momentos, para alguém a quem nem dedicamos alguma atenção, recebemos demonstração de carinho e respeito além do esperado. É quando você se choca com a importância de ser especial apara alguém sem querer, sem se esforçar a isso.

Minha análise (leiga) é que em tempos de amores líquidos, somos cada vez mais substituíveis. Tudo está tão confuso, e há uma tendência muito grande a coisificar as pessoas. Vemos isso o tempo todo nas redes sociais, temos amigos virtuais que não nos cumprimentam nas ruas, recebemos curtidas de postagens tão pouco importantes e algo importante parece tão banal... A importância dos fatos e e de nós mesmos independem do valor humano, está tudo muito sem sentido, pelo menos é como vejo.

Não sei qual a medida que se mede um ser humano, nem tampouco os seus sentimentos; não saberia me medir e nem o que eu sinto, pessoas e sentimentos na verdade não devem ser medidos porque imensuráveis. Bem, é o que eu acredito.

Reflitamos!






segunda-feira, 27 de junho de 2016

Da ditadura do cabelão

Hoje eu vou falar de algo que nunca falo... Mulher! kkkk... Brincadeira, né? Porque este é o assunto que mais falo neste blog; acho que o blog já é meio feminista, claro!

Pois bem...
Quero falar de cabelos; CURTOS! Assim em "caixa alta", porque - estão contudo no momento, porque todas as blogueiras, fashionistas, celebridades... Estão aderindo! E porque é um tabu ainda no Brasil a mulher cortar o cabelo curto.

Bem, primeiro que essa estória de "milha mulher tem que ter cabelo cumprido" é coisa de vovô, porque apesar de existirem cabelos enormes lindos, não é um cabelo que delimita a sensualidade, a força, o caráter, a feminilidade de uma mulher. Essa é a minha opinião...

Claro que depende do gosto, do rosto da pessoa, do estilo, da vibe... De tudo! O que eu estou dizendo é que o cabelo - assim com a roupa, o batom, o sapato - fazem parte do estilo pessoal e da imagem que cada pessoa/ mulher deseja ter; e isso é escolha própria.

Infelizmente aqui no Brasil convencionou-se pensar que apenas o cabelão deixa a mulher gostosa e sexy, o que eu não concordo e dou exemplos...



Vai dizer que a cantora Fergie deixou de ser linda e sexy porque cortou o cabelo curto!?

E o que dizer da Kim Kardashian...
 





Essa negócio de mulher de cabelão é que é bonita tem que sair da caixola... Deixem as mulheres livres pra optar pelos seus cortes, já que também cabelo cresce, ok?

Eu, particularmente acho lindo cabelo curto em mulher. Prático, moderno, feminino e atual. Já cortei e penso em cortar  novamente! 




terça-feira, 21 de junho de 2016

Deixem a mulher ser mulher

Como é difícil ser mulher, e ainda mais mulher solteira nos dias de hoje. A gente vive rodeada de gente hipócrita e machista, gente que diz não ter preconceito com nada, mas que cospe preconceito o dia todo. Fora os assédios morais, psicológicos, sexuais que enfrentamos, e quando vamos reclamar a pessoa vem de cara lavada dizer que não teve essa intenção. É claro que teve!

Isso tudo parece que se intensificou com as redes sociais, porque se você perceber direito vai ver que uma mulher exibir-se nas redes chama uma enxurrada de curtidas e comentários, quanto mais exposta for a fotografia mais "admiradores "ela ganhará. E digo isso entre aspas porque vamos combinar que nada tem isso a ver com admiração de verdade. É ali um cachorro correndo atrás de carne pra saciar-se! 
Fora os pensamentos maldosos, os julgamentos de valores, o estigma que vai se criando em torno da personalidade que se pensa sobre aquela mulher. E não são apenas os homens que tem esse comportamento, nós mulheres nos julgamos umas as outras, muitas vezes porque não temos nós mesmas a coragem de nos mostrar ou simplesmente porque não desejamos, cada uma tem o seu perfil.

Eu fico pensando que não há razão para que a mulher seja - e isso digo se ela não quiser ser- mais recatada se ela não tem vontade e se ela simplesmente não é. Ela tem que fingir ser porque será alvo de comentários e julgamentos? Então quer dizer que todas as mulheres tem uma personalidade já estabelecida: bonita, magra, comportada, mãe, meiga... Me poupe, né? Os seres humanos são diferentes, e muito!

Essa cultura de culpabilizar a mulher por tudo já deu, já vem enchendo nossas cabeças de neuroses e acredito que precise ser abolida o quanto antes. A menina cresce e torna-se mulher sem poder ser, tem que esconder sua feminilidade, seus hormônios, seus desejos... Nós somos árvores podadas! Tudo que sentimos é pra ser guardado, internalizado porque o outro não pode saber sobre aquilo. É uma cultura do medo, vivemos sob a perspectiva do medo. E isso nos faz pessoas inseguras e frustradas.

Tá na hora de deixar que as mulheres possam ser do jeito que bem entenderem. Mostrar a bunda, a boca, esconder se quiser... Sem que com isso seja julgada. Porque eu tenho uma bunda bonita e quero mostrá-la isso faz de mim uma prostituta? Acho que não, tenho certeza que não.

Você pode ser uma juíza de Direito respeitada, e se gostar e querer cuidar de si e mostrar o seu gosto por você mesma; porque é feliz e realizada e porque se ama e ama a vida! E sem que pra isso seja vista ou julgada como uma pessoa sem caráter. Ah, aquela juíza é muito gostosa, ela não se dá o respeito, já viu as suas postagens no facebook? Pelo amor de Deus, a vida pessoal não pode ser alvo de requisito no controle da capacidade intelectual ou ética da pessoa. Não é assim que funciona. Ou pelo menos não deveria.

Uma coisa não tem nada a ver com outra- repito, e já passou da hora de entendermos e praticar essa conduta de aceitação perante à liberdade feminina.

Tá ficando muito chato tudo isso.


quarta-feira, 8 de junho de 2016

Reflexões

Gente, tenho prestado atenção nas pessoas e em seus comportamentos... Tipo eu tenho um "Q" de psicóloga em mim, minha psicóloga sempre me fala isso; que eu tenho análises boas sobre as situações e tal. 

Eu sempre tive esse hábito de observar o mundo ao meu redor, às vezes me torno até chata e neurótica, porque as pessoas e seus comportamentos me deixam com uma pulga atrás da orelha; sempre fico querendo interpretar suas falas e o que determinadas ações querem realmente dizer.

Algo que vem me chamando atenção nos últimos dias é a capacidade que o ser humano tem em ser intolerante à felicidade alheia. Parece que não podemos ver alguém se destacando, tendo sucesso ou sendo feliz; 

É algo como se a felicidade alheia incomodasse. Tipo uma inveja! Terrível...

Isso se torna macro quando pensamos numa realidade de interior, como a que estou inserida. Tenho olhado pros lados e percebido que o meu esforço de melhorar causa descontentamento no outro, que sentado com a bunda no sofá, não tem nenhuma reação real para ter o que ele deseja. Muito triste isso, você deixar de melhorar-se para está observando e criticando quem busca pela evolução (seja ela qual for).

Eu tenho observado também que estas mesmas pessoas não se veem fazendo isso, ou simplesmente estão em estado de negação, por não se afirmarem como invejosos.

Complicado né? É importante a gente se policiar pra não viver mais a vida do outro do que a nossa. Até porque eu percebo que algumas pessoas invejam alguém, mas não querem passar pelo que aquela pessoa passou até chegar ali. Como pode? Chega a ser irracional. Humanos irracionais é que somos. Infelizmente...

Evoluir sempre.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Precisamos debater o aborto no Brasil

O aborto é ainda um assunto tabu no Brasil. Seja por questões religiosas, morais ou religiosas, sempre dá muito pano pra manga falar que é a favor ou contra o aborto.

As mais variadas opiniões ecoam por aí, mas o fato é que quem mais sofre com tudo isso somos nós: MULHERES, principalmente (dizem os dados) as mulheres negras e pobres.

Se você é a favor ou contra, não importa, porém é importante discutir esse tema insistentemente. Infelizmente a opinião pública neste país ainda está muito arraigada às questões religiosas e unilaterais, quando no Brasil o estado é dito "laico", o que na prática não se sustenta, pois essas questões são sempre tratadas sob ótica religiosa. 

A questão não é se a mulher deve ou não fazer um aborto, se eu ou você faria; a questão é que cada cidadão pode e deve decidir por si e o Estado deve oferecer subsídios e políticas públicas para amparar o cidadão/ cidadã que necessitar. Sem preconceitos, sem amarras e sem constrangimentos e estigmas sociais.

Assisti esse debate ministrado pela revista TPM, e disponibilizo aqui para quem tiver interesse.

Precisamos falar de aborto. Clique e assista!
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