segunda-feira, 23 de março de 2015

A Papisa Joana, um filme sobre a obstinação de uma mulher



Se nos dias de hoje nós mulheres sofremos preconceito simplesmente pelo fato de sermos mulheres, imagine no século IX, onde a sociedade era dominada pelo homens? Naquele tempo éramos tidas como menos inteligentes ou animais meramente reprodutores, não tínhamos direito à Educação, pois acreditava-se que ao usar o cérebro intelectualmente, as mulheres deixariam de desenvolver o útero e assim não poderiam gerar filhos.

É nesse ambiente de hostilidade à figura da mulher que o filme "A papisa Joana" se desenrola. A estória, que muitos acreditam ser baseada em fatos reais, conta a trajetória de uma menina, cujo o pai é católico fervoroso e não permite que ela aperfeiçoe seu dom para as letras. Joana foge de casa e assim começa sua árdua caminhada até se tornar a 1ª e única Papisa da história da Igreja Católica.

Se a estória é verdadeira ou não é irrelevante, pois o que nos envolve é realmente a trajetória dessa mulher que enfrenta muitos contratempos em sua vida, e precisa se passar por homem para aprender a ler e adquirir  o conhecimento da Medicina.

Vale muito a pena assistir!

Poesia

Tempo fechado

Eu sou o frio e a ventania, escuro de um azul fechado.

Gostaria tanto do amarelo e sua força energética de luz, mas não;

O nublado tem um poder especial de me fechar em relâmpagos e trovões.

Por que eu sou toda tempestade e água parada.

Também sou cinza, solidão e secura;

A água que fica não cumpre o seu curso.


Porque eu, às vezes, anoiteço.

Poesia

Solidão só

Para deixar de ser só inventei você, mas acho que não deu muito certo;

Cá estou eu com e sem você, com e sem mim.

A solidão ainda é minha melhor amiga, ela silenciosa e discreta, nunca me deixa só;

Já você eu pouco vejo, não sei por onde andas, nem quando aparecerá.

Diz que vem sem vir, diz que estar sem tá. Só ela, a solidão não mente, pois jamais me promete (ela chega de surpresa), vai embora ou deixa-me sem saber o seu paradeiro.


Por mim ela tem amor, eu não quero, mas tem.

terça-feira, 17 de março de 2015

O que Brasil precisa?

Já ouviram falar naquela frase bem famosa: O povo tem o governo que merece? Pois é, não entrando em mérito de partidos ou de pessoas, vejo com muitas reservas os discursos inflamados dos brasileiros nessas últimas manifestações. Não acredito e nem compartilho com os propósitos da grande maioria que domingo foi às ruas. E explico minha visão com um motivo bem simples; quem está comandando o país fui eu e você quem colocou lá. Você confirmou o seu voto e eu o meu, a maioria venceu! 

Outro ponto muito forte é o fato de cada pessoa que ali esteve estar apenas a levantar a sua bandeira. É aquela velha estória... Uns detonam as cotas, mas se fossem eles beneficiados por uma; adoraria, aposto. Outro reclama da roubalheira, mas se tivesse a oportunidade de colocar no bolso alguns milhões de reais (sem quem ninguém soubesse), ficaria feliz da vida. 

Fala-se de corrupção, reforma política, de mil e uma coisas, mas no fundo cada um está apenas preocupado consigo próprio, e para mim, a sociedade e o Brasil jamais mudará se impulsionada e dominada por esse pensamento individualista. É simples!

Eu não fui e nem vou às ruas protestar a favor e nem contra, visto que não concordo e nem confio nos que protestam, por constatar que suas motivações são tão errôneas quanto as razões e práticas pelas quais se levantam. O nome disso é HIPOCRISIA para mim! Mas isso é o que eu penso. 

Talvez a reforma que o Brasil precise não seja política, ou talvez ela só venha com uma reforma íntima nossa, cada um se reformando. O brasileiro acostumou-se a não ser correto e nem ético. Nós construímos a nossa sociedade a base de jeitinhos, cada um dando o jeitinho que lhe convém. 

Então, você reclama dos políticos que você próprio ajudou a eleger e cobra deles uma ética que nem você pratica?

É isso aí, Brasil!

domingo, 8 de março de 2015

Das chuvas e dos temporais

Isto é sobre você e o que você faz.

De repente o céu fica nublado, a chuva lava a serra; e eu fico cinzenta.

E todo aquele mar e sol se escondem, acho que fogem ou se perdem.

A chuva deixa de chover lá fora e vem chover aqui dentro.

O colorido e a brisa eu não mais enxergo - nem sinto; eu sou toda pensamentos e dúvidas...

A brisa era morena, assim me disseram; as águas podem ser devastadoras quando mal interpretadas.

É como se chovesse tanto - bem aqui - que a minha alma se inunda em lágrimas, me levando embora qualquer traço de esperança que existia em mim.

Eu procuro você, não acho. Chamo por nós, ninguém responde; tudo fica estranho e confuso.

O que você quis/quer me dizer?

Eu recuo, me fecho, me afogo.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Palavras sábias e claras

Acho incrível nos dias em que vivemos, com tanta hipocrisia e tanto fanatismo, um religioso falar de forma tão honesta, simples e esclarecedora como o Padre Fábio de Melo. Em suas palestras, nunca segue dogmas ultrapassados e nem regras, tem o seu próprio raciocínio e acredito que por isso venha a ser alvo de muitos conservadores, que congregam da mesma religião que ele, mas que interpretam o cristianismo de forma bem distinta.

No programa Direção Espiritual desta noite (04), ele dialogou sobre vida, humanidade, compromissos cívicos e éticos, corrupção e vocação. Sempre com um vocabulário culto, sem ser incompreensível; e com uma comunicabilidade natural.

Com simplicidade e ao mesmo tempo com uma profundidade admirável, exalou o que, na minha opinião, deve ser a abordagem sobre o cristianismo e a fé.

Fábio de Melo é tão direto e franco que, às vezes, o que ele diz pode chocar os mais dogmáticos.  Em muitos temas o discurso dele (suas teorias e opiniões) são bem parecidos com os que admiro e defendo. 

Programa de toda quarta-feira na TV Canção Nova: Direção Espiritual, às 22h. 






Sobre eu e você

A sociedade contemporânea está cada vez mais individualista. Eu estou, nós estamos!

Todos os dias somos mais egoístas no nosso dia a dia, e parece ser um mal incurável, automático.

Pelo menos deveríamos refletir mais sobre... Corrupção, partidarismo, discussões sem fundamento, decisões diárias, coisas banais e comuns, etc. e tal.

Dá pra pensar em muita coisa olhando para uma simples imagem!



segunda-feira, 2 de março de 2015

Para celebrar a vida

O que eu desejo...

Que a beleza da aurora te mostre como é bonito o sol, as nuvens  e a natureza; que você saiba apreciar também um dia com o céu nublado e o barulho da chuva.
Que o amarelo das flores te irradie força nas ações, no querer, na persistência e no desejo de acertar; e que a mansidão do vento te mostre a paz que Deus emana pelo simples fato de existir.
Que o calor do meio dia te sacuda a buscar seus objetivos com a energia e vigor que escalda um dia de verão no sertão.
Que ao ver um pôr do sol você perceba as tonalidades que a vida pode ter, separando-as e misturando-as, num brincar de sensações que a própria existência te proporcionará e te fará refletir sobre a sua própria existência e o seu lugar neste mundo.
Que o cair da noite te traga bons tempos. E que as amenidades trazidas pela brisa noturna te acalme em dias de tormenta.
Que o céu estrelado te faça sonhar com dias melhores, realizações e experiências futuras. E que cada estrela seja para ti como uma luz a te guiar pelo caminho certo.
Por fim, que a lua ao nascer, majestosa lá no céu, confirme que Deus te deu o dom da vida, que ele te proporcionou um dia atrás do outro - para que você escreva a sua história no mundo que ele criou. Perfeito e contraditório, belo, ensolarado, cinzento e colorido... Estrelado, enluarado, escuro e claro. Um mundo lindo e feio, simples e demasiadamente complicado. Alegre e triste! 
Aprenda a decifrar os desígnios e contradições que a vida nos oferece. Conviva com a dualidade que é viver.
Perceba que Deus te deu hoje e, a cada dia, um mundo novo para você viver e aproveitar!
Por isso, admire-o, sinta-o e acredite que você tem a vida inteira pela frente;
Sonhe o seu sonho e viva a sua vida!
O que você fará da sua jornada só você pode escrever, então comece a desenhar o seu livro com as letras coloridas que você desejar, e assim não se arrependerá de não ter vivido.
Porque a vida é apenas uma! Faça da sua o melhor que você puder.


Feliz Aniversário, prima! 

Deus te proteja.



Para todo tempo

O tempo nos rouba a juventude, o vigor e algumas pessoas,
Ele nos furta a memória, as personagens e até as cores que pintaram determinados momentos.
O tempo nos transforma, nos entristece e limita.
Mas, ele também nos devolve, nos ensina e nos dar a possibilidade de recomeçar.
Por isso, ame o tempo; os presentes que ele pode te dar podem e devem ser aproveitados e agradecidos.

Um bom tempo a todos!

domingo, 1 de março de 2015

Direito por quê?

Acredito que no Brasil o ensino se tornou um negócio, e diga-se de passagem, bem rentável. Com relação ao ensino do Direito isso se potencializou nos últimos anos, com a evidência que ganhou o interesse pelos concursos públicos e o fato de alguns dos mais bem pagos cargos públicos serem vinculados às carreiras jurídicas, ou exigirem em seu programa de estudo alguns conhecimentos específicos do Direito.

Atualmente o mercado influencia a todos. Visto que a sociedade contemporânea tem sua estrutura muito ligada ao consumismo. Tornou-se muito caro viver! Portanto, quando alguém pensa em viver bem, logo cogita ter uma boa condição financeira e com isso a possibilidade de um bom emprego com estabilidade é algo muito desejada. O que não quer dizer que o mercado deva interferir na academia, que desenvolve (ou deveria) um processo diferente do que o mercado oferece. A dinâmica educacional e de aprendizado que espera-se (normalmente) de uma Universidade é mais voltada para a ciência, o desenvolvimento do senso crítico, filosófico do saber. Mesmo assim, a influência que o capitalismo exerce atualmente na vida e na sociedade é tão significativa, que pode-se perceber claramente essa interferência do mercado dentro da academia, mesmo que inconsciente ou simplesmente nas atitudes e anseios dos alunos ou de alguns docentes.

É preciso refletir bastante sobre a palavra vocação e o que ela pode expressar nos indivíduos. E, mais uma vez, as questões e dificuldades enfrentadas pelas pessoas em suas casas, famílias e vida social pode (não deveria) influenciar no que cada um entende por vocação. No entanto, não descarto que de certo existem pessoas vocacionadas para o Direito, como para a Medicina a Informática ou a Biologia. Aqui falo numa perspectiva da palavra vocação (derivada do latim vocare- chamar), no sentido da pessoa ter uma inclinação para determinada área de atuação.  

Porém, cogito a possibilidade dessa pessoa acreditar que tem essa vocação para determinada área e ao se ver vivenciando essa possibilidade, repensar sua vocação pelas dificuldades, interferências ou desvios que ocorrem dentro dos cursos ou nas situações que essa pessoa venha a enfrentar no percurso para o qual acredita ser vocacionado. Outra reflexão possível pode ser feita com relação às pessoas que tem vocação para mais de uma profissão, isso é possível. Algumas pessoas gostam de várias carreiras distintas, têm aptidões para várias coisas. E daí qual o critério que elas podem usar para chegar a resposta sobre sua vocação principal? Se é que uma aptidão se sobressai a outra.

Sinceramente nos dias atuais não acredito em um interesse puro no estudo do Direito apenas por questões científicas ou do conhecimento. Não conheço uma única pessoa que estude ou deseje estudar o Direito pelo simples fato de amar esse saber. Criou-se um ambiente imaginário que doura os ares dos estudantes e das carreiras jurídicas, onde o dinheiro e a satisfação pessoal e social encantam os indivíduos, levando-os a querer fazer parte desse grupo de pessoas - o grupo seleto de “intelectuais” bem pagos que se enfiam no Direito a qualquer custo, na corrida pela estabilidade financeira. 

O ensino do direito virou um negócio, aliás um bom negócio! A possibilidade de ganhar bem e ter em seu currículo uma graduação e/ou diploma de um curso que historicamente rendeu sempre muito status no Brasil, está formando cada vez mais “técnico”, e talvez não técnicos numa perspectiva de pessoas tecnicamente aptas ao estudo específico do direito ou à função de advogar (porque essa quase ninguém quer), mas sim, técnicos em provas de concursos públicos - numa busca incessante por salários altos e uma vida mais confortável possível.