sábado, 27 de fevereiro de 2016

Dos Atos Secretos da ALRN e desse Brasil vergonhoso

Se Deus é brasileiro, ele deve está completamente envergonhado do seu povo, porque o maior problema do Brasil é justamente o povo.

Mais uma prova disso é o escândalo sobre os Atos Secretos na Assembleia Legislativa do RN; é gente diretamente ligada à autoridades, políticos, procuradores nomeados (sem aprovação sem concurso público), jornalistas conhecidos e todos sem registro no Tribunal de Contas, e recebendo salários que ultrapassam 19 mil reais.

O ambiente da Assembleia é algo ímpar; digo isso porque pude constatar in loco. Lá existem as pessoas de bem (trabalhadoras e sérias), os políticos (deputados e outros), os contratados, os que vão lá resolver alguma questão, os que vão lá em busca de algum benefício pessoal, os babões, os oportunistas e uns poucos concursados.

Segundo informação do Portal G1 são 379 cargos de provimento efetivo e 2.592 de livre nomeação e exoneração, o que denota uma notória desproporção.

Quem está lá, em sua grande maioria, deve ou vai dever algum favor aos políticos; e há um esforço enorme para se apresentar e se fazer notado, se vestir bem é algo de suma importância ali. O clima é bem estranho, e pisa-se em ovos na relação com as autoridades, já que a maioria é tratada como uma espécie de faraó, com toda pompa e circunstância. Educação é diferente de babação!

Outra coisa que sabe-se ocorre o tempo todo é o assédio, dos mais variados e espécies.

A lista que corre pela internet contendo nomes conhecidos e anônimos indigna a muitos, mas se pensarmos bem não seria interessante para muitos que as pessoas lá fossem isentos de dívidas pessoais e financeiras, ou que pudessem exercer suas opiniões pelos corredores da Casa. O jogo do poder é muito presente naquele espaço, e assim como na política que se faz no Brasil: nos bastidores acontece de tudo e mais um pouco.

Na lista, nomes de alguns jornalistas. O que eu posso dizer é que a profissão de jornalista, apesar de estar intimamente ligada à verdade em sua essência, na prática não se aplica; justamente pelo fato de que em busca de melhores salários - muitos acabam por tendenciar seu trabalho em benefício de quem lhes proporcionaram tal oportunidade profissional. Mais uma vez é o favor que se deve, é a troca de benefícios e favores, é o jogo.

Essa é uma prática que acontece desde que mundo é mundo no Jornalismo. O profissional infelizmente não pode expressar-se livre e eticamente, pois está preso à essa relação e precisa trabalhar para pagar suas contas.

Informação importante é que no último concurso público da ALRN, o quadro de vagas para Jornalista era: 01, sendo que existem vários terceirizados que lá trabalham.

Portanto, desconfie de tudo que se publica por aí, em qualquer meio de comunicação. Fique atento sempre!


Sobre o tema.
Leia mais sobre este assunto aqui.






quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

No face, na esquina e na cozinha: sobre o conteúdo que nos falta

Coisa mais artificial que redes sociais não há. Coisa mais interessante e doida também não; já prestaram atenção que se você posta uma futilidade, uma foto mais ousada, ou até mesmo uma indireta pra alguém... As curtidas se multiplicam?


Eu já observei. É muito comum as pessoas valorizarem postagens sem conteúdo, ou tragédias, polêmicas sem fundamento - fuxico, boatos- e quando você toca em algum tema mais polêmico (coisa mais séria mesmo), que mexe com as estruturas dessa sociedade "véa" arcaica, aí é que ninguém te dá nem bola. É uma preguiça em discutir, um marasmo intelectual que faz dó. A não ser quem está diretamente ligada àquele tema ou situação, que ainda se mobiliza para curtir ou comentar alguma coisa, aqui e ali... 


A partir da observação também percebi que a maioria não está nada interessado em evoluir como sociedade, em pensar atitudes nem tampouco preconceitos, mudanças comportamentais com relação ao outro e à diferença. 


As redes sociais, quando bem aproveitadas são de uma utilidade ímpar. Pena que ainda não tomamos essa consciência, cotidianamente é apenas uma plataforma/espaço virtual para os cenários reincidentes das ruas, das rodas de conversas de esquinas, dos jogos de intrigas, politicagem, e agora dos grupos de whatsapp. Tipo uma extensão da nossa cozinha - com aquele "bafafá" de sempre, que não serve para nada de bom. Enfim, de pormenores!


Verdade que todos nós somos dotados de futilidades e deslizes, afinal somos humanos e imperfeitos. Mas, viver apenas e tão somente disso é tão insignificante, não concordam?






quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Livre-se do seu preconceito

O preconceito é - antes de mais nada - uma forma irreal de julgar o que não conhecemos, sem dúvidas a maneira mais brutal de segregação social.

Pré- jugamos o que não conhecemos e montamos estereótipos de seres humanos sobre os quais depositamos expectativas, que muitas vezes, só denunciam nossas projeções e fraquezas emocionais e psíquicas. Temos o infeliz costume de idealizar o outro a partir do que desejamos e reiteramos como certo.

Quando alguém tem uma opção sexual divergente da nossa - por exemplo - fingimos e até dizemos tolerar, porém, em nossas falas e ações diárias ceifamos o direito de liberdade e de livre arbítrio que pertence a cada indivíduo e só a ele mesmo.

Já refletiram o quão idiota é separar pessoas pela cor da pele? Quando no Brasil inexiste uma raça pura, tendo nosso povo sido todo miscigenado através da colonização.

O machismo é também uma forma de preconceito, que subjuga mulher num lugar à esquerda do homem, retirando dela o direito de mostrar-se como sujeito principal na cena diária de sua vida.

Todos nós em algum momento da vida já fomos alvo de preconceito. Que como já diz o termo em sua forma original: pré- conceito – significa um conceito preconcebido sobre algo. 

Ser diferente não é algo ruim. Denota que somos imperfeitos, e que nossas imperfeições nos fazem seres únicos. Já pensaram que mundo ordinário teríamos se todas as pessoas fossem iguais?

Não existe felicidade maior para alguém que sente-se diferente, do que ser tratado como igual; pelo simples fato de ver-se aceito pelos demais, pois no fundo, tudo o que queremos é aceitação  e respeito. Respeito à nossa personalidade, às nossas escolhas.

É importante valorizar e potencializar os indivíduos como são e entender que cada cabeça dita a sua própria regra e a sua vida, porém cada um segue a regra que lhe couber.

Portanto, antes de julgar alguém, julgue a si mesmo. Pois nunca é tarde para abrirmos mão dos nossos preconceitos!

Aceite-se e aceite.

Texto de Milena Chaves
Jornalista

Acari, 05 de fevereiro de 2016.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Sobre os nevoeiros de fora e de dentro

É fevereiro então.

Eu olho pela janela e não enxergo muito; não sei se é o céu tão cinzento lá fora, ou o céu tão cinzento aqui dentro.
Parece que vem tempestade por aí, e por aqui.


De outros carnavais

Alguém me perguntou sobre o carnaval hoje...

Eu respondi que não sou fã. E de repente lembre-me dos dois últimos, normal! Um no meio da zoeira em Olinda e o outro de mãos dadas na calmaria de um "amor" revivido. 
Foi então que a pessoa comentou: "O tempo passa rápido né?". Sim, passa. "Num ano acontecem tantas coisas..." Verdade., eu respondi pensativa.

O tempo passa e leva quase tudo. E isso é bom, às vezes, ruim também. 
Hoje eu lembrei da minha falta de amor pelo Carnaval e do meu amor de Carnaval, que assim como o tempo, passou e nada deixou.