quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

No face, na esquina e na cozinha: sobre o conteúdo que nos falta

Coisa mais artificial que redes sociais não há. Coisa mais interessante e doida também não; já prestaram atenção que se você posta uma futilidade, uma foto mais ousada, ou até mesmo uma indireta pra alguém... As curtidas se multiplicam?


Eu já observei. É muito comum as pessoas valorizarem postagens sem conteúdo, ou tragédias, polêmicas sem fundamento - fuxico, boatos- e quando você toca em algum tema mais polêmico (coisa mais séria mesmo), que mexe com as estruturas dessa sociedade "véa" arcaica, aí é que ninguém te dá nem bola. É uma preguiça em discutir, um marasmo intelectual que faz dó. A não ser quem está diretamente ligada àquele tema ou situação, que ainda se mobiliza para curtir ou comentar alguma coisa, aqui e ali... 


A partir da observação também percebi que a maioria não está nada interessado em evoluir como sociedade, em pensar atitudes nem tampouco preconceitos, mudanças comportamentais com relação ao outro e à diferença. 


As redes sociais, quando bem aproveitadas são de uma utilidade ímpar. Pena que ainda não tomamos essa consciência, cotidianamente é apenas uma plataforma/espaço virtual para os cenários reincidentes das ruas, das rodas de conversas de esquinas, dos jogos de intrigas, politicagem, e agora dos grupos de whatsapp. Tipo uma extensão da nossa cozinha - com aquele "bafafá" de sempre, que não serve para nada de bom. Enfim, de pormenores!


Verdade que todos nós somos dotados de futilidades e deslizes, afinal somos humanos e imperfeitos. Mas, viver apenas e tão somente disso é tão insignificante, não concordam?






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