O preconceito é - antes de mais nada - uma
forma irreal de julgar o que não conhecemos, sem dúvidas a maneira mais brutal
de segregação social.
Pré- jugamos o que não conhecemos e
montamos estereótipos de seres humanos sobre os quais depositamos expectativas,
que muitas vezes, só denunciam nossas projeções e fraquezas emocionais e
psíquicas. Temos o infeliz costume de idealizar o outro a partir do que
desejamos e reiteramos como certo.
Quando alguém tem uma opção sexual divergente
da nossa - por exemplo - fingimos e até dizemos tolerar, porém, em nossas falas
e ações diárias ceifamos o direito de liberdade e de livre arbítrio que
pertence a cada indivíduo e só a ele mesmo.
Já refletiram o quão idiota é separar pessoas
pela cor da pele? Quando no Brasil inexiste uma raça pura, tendo nosso povo
sido todo miscigenado através da colonização.
O machismo é também uma forma de preconceito,
que subjuga mulher num lugar à esquerda do homem, retirando dela o direito de
mostrar-se como sujeito principal na cena diária de sua vida.
Todos nós em algum momento da vida já fomos
alvo de preconceito. Que como já diz o termo em sua forma original: pré-
conceito – significa um conceito preconcebido sobre algo.
Ser diferente não é algo ruim. Denota que
somos imperfeitos, e que nossas imperfeições nos fazem seres únicos. Já
pensaram que mundo ordinário teríamos se todas as pessoas fossem iguais?
Não existe felicidade maior para alguém que
sente-se diferente, do que ser tratado como igual; pelo simples fato de ver-se
aceito pelos demais, pois no fundo, tudo o que queremos é aceitação e
respeito. Respeito à nossa personalidade, às nossas escolhas.
É importante valorizar e potencializar os
indivíduos como são e entender que cada cabeça dita a sua própria regra e a sua
vida, porém cada um segue a regra que lhe couber.
Portanto, antes de julgar alguém, julgue a si
mesmo. Pois nunca é tarde para abrirmos mão dos nossos preconceitos!
Aceite-se e aceite.
Texto de Milena Chaves
Jornalista
Acari, 05 de fevereiro de 2016.
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