"A vida é curta, então
ame a sua vida. Seja feliz", disse o o poeta, dramaturgo e ator inglês Willian Shakespeare - se referindo ao um modo particular de ver e viver a vida; conceito explicado pela expressão latina "Carpe Diem". Há quem concorde com essa perspectiva, porém muitas pessoas atualmente optaram por planejar-se para um futuro, abdicando de uma vida satisfatória no presente e almejando sucesso profissional mais na frente - os concurseiros.
Retirado de um poema de Horácio, o termo "Cape Diem" é popularmente traduzido como: "colha o dia ou aproveite o momento". É também utilizado como uma expressão para solicitar que se evite gastar o tempo com coisas inúteis ou como uma justificativa para o prazer imediato, sem medo do futuro. Um bom exemplo dessa compreensão de mundo pode ser vista na película "A Sociedade dos Poetas Mortos", obra do diretor Peter Wein, lançada em 1990. O filme traz a estória do professor de Inglês John Keating, introduzido a uma escola preparatória de meninos que é conhecida por suas antigas tradições e alto padrão. Ele usa métodos pouco ortodoxos para atingir seus alunos, que enfrentam enormes pressões de seus pais e da escola. Os alunos são incentivados a seguir seus sonhos e aproveitar cada dia, lema pregado pelo termo supra citado.
Todavia, atualmente é comum a manifestação de pessoas que se planejam com programas de estudos intensivos, buscando uma realização pessoal e profissional na aprovação de um bom concurso público. Estas pessoas dedicam muitas horas de seu tempo em esforços diários intelectuais e físicos até conseguirem a nomeação no cargo que almejam. Esse contexto criou o neologismo, a palavra "concurseiro" - que designa a pessoa que tem como principal meta passar em concurso público e assim se tornar um servidor público.
Portanto, temos aqui uma dicotomia; de um lado indivíduos que valorizam o prazer de um dia bem vivido, e por outro alguém que abdica da alegria do dia presente sonhando com uma felicidade e bem-estar futuros. Existe uma solução para a problemática? Podemos analisá-la citando um dado concreto, retirado de notícia do "Portal O Globo", que afirma ter sido o ano de 2016, recordista em homicídios no Brasil. Outra reportagem do "Portal G1" diz que o homicídio é a principal causa de jovens no país. Se levarmos em consideração esses dados possivelmente entraríamos num questionamento a respeito da aplicação do conceito de se programar para o futuro, pois muitos de nós não o teremos (segundo tais dados explicitados). Por outro lado, podemos observar a parcela significativa que compõe os números que completam as estimativas; e possibilitar a estas pessoas uma expectativa de vida mais longa e - com isso - o planejamento de uma vida futura. Talvez o mais indicado seja ter uma programação - com metas a médio prazo - sem deixar de aproveitar o dia, fazendo o momento (dentro do possível e da responsabilidade segura), valer a pena. Então, Carpe Diem! Mas, não se esqueça de se programar, que a felicidade virá.
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