quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Toma lá, dá cá

Infelizmente nós brasileiros ainda não encontramos o mastro para navegar pelo caminho da democracia pura. Ao longo da história conquistamos algumas vitórias, é verdade.  Mas, ao término do último debate na TV aberta, entre os candidatos ao governo do RN, minha análise é negativa.

Eu não sou uma expert em política e, é claro, não tenho uma análise assim tão confiável. Mas, como cidadã, jornalista e sem vínculos partidários posso dialogar sobre o tema de forma um tanto aberta e livre.

Os debates deste ano (de um modo geral) foram cansativos de assistir porque não houve nada além de acusações e troca de ofensas (ao contrário do que o mediador acabou de dizer no fim do debate. Ele deveria estar desorientado pra falar isso). Pouco se falou de projetos e de propostas, uma aqui e outra acolá. Infelizmente nem os candidatos nem nós mesmos (brasileiros) estamos preparados para fazer jus aos significados de práticas políticas e democráticas, no que se propõem de mais positivo e nobre à nossa sociedade.


Quem perde com isso: nós mesmos. É como dizem por aí... O país/ estado tem o governante que merece! 

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Acabou-se a farinha, o querosene da cozinha e água do Gargalheiras também

“Pai, acabou-se a farinha, e o querosene da cozinha. No feijão "gurgui" já deu”. Essa linda canção povoa os meus pensamentos sertanejos...

Apesar das mudanças sociais que estamos vendo no Nordeste, nossa situação ainda está bem longe da sonhada. Principalmente aqui no nosso Sertão, as coisas são mais difíceis...
Falta oportunidade de emprego, falta renda, falta água. 

Sempre que vejo alguém comentando desse pessoal que vai tirar safra lá longe no Mato Grosso, e que morre de saudades de casa e da família eu faço uma viagem há um tempo em que nem nascida era. Eu penso num tempo que não vivi, que conheço apenas das estórias que meu pai me conta saudoso.

Naquele tempo, o açude Gargalheiras tinha bastante água. Conta-se que chegou a sangrar com uma lâmina d’água tão grande que a ponte do Rio Acauã era lavada pela água! Meu avô, minha mãe e meu pai trabalhavam numa grande empresa de beneficiamento de algodão que tinha muitas filiais, uma delas em Acari, situada lá no bairro Petrópolis (SANBRA). Conta-se que quando acabava o expediente à tardinha, o sol a se pôr no céu, e aquela ruma de gente descendo a ladeira voltando pras suas casas, após um dia inteiro de labuta.
Uma amiga sempre me conta também do tempo que a rádio difusora funcionava na praça do coreto. Ao ouvir suas lembranças eu embarco e viajo no passado, numa Acari mágica e distante - bem diferente da de hoje.

Eu amo minha cidade! E quando estou longe meu coração sofre de saudade. Por isso me entristeço com a realidade desses homens que deixam (todos os anos) suas famílias aqui e vão buscar emprego em outra região. A gente queria mesmo era viver em nossa terra! Eu sei que hoje temos muitos avanços em tantas áreas, principalmente tecnológicos. Porém, tenho saudade da vedete do Seridó que não conheci. Porque parece que o passado era melhor que o presente! Isso parece ilógico porque na minha cabeça, quanto mais o tempo passa, mais se deve e se tenta evoluir. Então, de alguma forma parece que evoluímos pro pior e isso não é bacana!

Agora, acabou a SANBRA, a difusora e água derrama – fraquinha suas últimas gotas de misericórdia. Quando ela chega aqui em casa, vem tão devagar que parece chorar seu lamento derradeiro. Dá dó! Enquanto escrevo essas palavras meus olhos marejados de lágrimas estão; ouço um triste tilintar. É o som da água que finda. Ela que antes chegava plena, forte em nossas casas - agora sai engasgando do cano. Sabe quando a gente toma um pouco d'água e se engasga? Cospe o que ficou... 

Logo ela, que sempre nos trouxe tanta emoção e alegria, transbordando majestosa sobre a parede do Gargalheiras... Espetáculo!


Fico pensando comigo mesma... Será que Acari (como alguns mencionam de vez em quando) é a cidade “do já teve”?

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Não é brincadeira...

Não, não eu não estou preparada para ser mãe! Cada dia que passa eu admito o quão difícil é ser mãe e pai hoje. Quer dizer sempre foi. Talvez hoje existam novos complicadores, claro! Mas o fato é que ser pais é mais, bem mais que gerar e colocar no mundo.

Para a mulher então, essa tarefa demanda tempo, disponibilidade, dedicação, abdicação... Tantas coisas. Fora as horas de sono perdidas e a cobranças intermináveis que têm que lidar a partir da maternidade. Que vão de responsabilidades com o filho até as gordurinhas e estrias que farão parte do seu corpo desde então.

Nós mulheres modernas acumulamos cada vez mais funções, elas nos consomem e nos estressam o tempo todo. São tarefas intermináveis, que teimam em nos acompanhar até em momentos de lazer. Porque não venha me dizer que hoje em dia os homens modernos são diferentes, e que dividem o serviço de casa e tal, porque existem uns poucos que até contribuem, mas a maior parte do trabalho fica com a gente mesmo. Fato! Eu vejo a dificuldade que as mulheres com filhos, maridos, trabalho e casa pra cuidar tem... 

Essas sim são "Super Mulheres"! Daí você acumula tanta tensão, fica tão mal humorada e as pessoas só sabem te chamar de chata! Outra coisa: nós acabamos por desencadear comportamentos agressivos, que influenciarão na educação e temperamento dos próprios filhos. Ou seja, vira um ciclo de erros comportamentais. Criamos filhos estressados, inseguros e agressivos. 

Um ciclo vicioso... 

domingo, 19 de outubro de 2014

Sobre política, religião e direito

Bem, há alguns dias uma querela envolvendo política e religião foi aquecida nos debates "facebooquianos". Entre tantos comentários, lembro que alguns se posicionaram de forma a reprimir o discurso político dentro de uma instituição religiosa. 

Lendo o texto de José Reinaldo de Lima, intitulado "O Direito na História", pude revalidar e embasar o pensamento que já nutria a respeito desse ocorrido. Não estive presente no momento citado (objeto das interpelações nas redes sociais), então não julgarei o fato em si,  simplesmente por não ter presenciado, e assim não ter comigo a possibilidade de obter a verdade do ocorrido. Falarei precisamente sobre esse posicionamento supra mencionado, contrário ao discurso político dentro da igreja.

Pois bem, todos aprendemos na escola que a Igreja Católica é uma instituição muito, muito antiga. Nossos livros de História estão recheados de episódios envolvendo não apenas ela, como seus acontecimentos e evoluções no decorrer do tempo. Essa instituição tem cerca de 2 mil anos, portanto é integrante da História da civilização Ocidental.

Em seu livro José Reinaldo de Lima conta uma série de coisas que afirmam (entre outras coisas) a relação tênue que a Igreja Católica sempre teve com a sociedade, o Estado e também com a política. Ele cita inclusive, que o Direito Canônico (conjunto das normas que regulam a vida na comunidade eclesial), teve e tem grande contribuição no nosso Direito contemporâneo.

Dessa forma, acredito que política e religião estão intimamente ligadas e essa relação é bem antiga. Portanto, seja qual for a sua reflexão - entenda que os posicionamentos e o cotidiano das religiões recebem e doam influência no contexto social como um todo. De certa forma, um líder espiritual, seja ele de qualquer religião, tem como papel social dialogar sobre os mais variados temas com o seu rebanho. Isso é super comum! E acontece há bastante tempo em Jerusalém, na Grécia, em Roma, e é claro - em Acari também.

sábado, 18 de outubro de 2014

Nem tudo que dá o que falar é notícia

Fico muito triste com as coisas que vejo publicadas por aí. Com essa coisa toda de internet, as ferramentas estão acessíveis a qualquer um. As ferramentas digitais transformara pessoas comuns em "formadores de opiniões" da noite pro dia! Isso pode ser visto como algo positivo, visto que dá voz a um grande número de pessoas, pois a liberdade de expressão tem aqui um caminho bem aberto, amplo. Mas, infelizmente moral e ética são matérias bem subjetivas e pra cada um, essas palavrinhas têm significados bem distintos.

Vou dizer algo bem forte, mas que faz parte da minha opinião. Não coaduno com a censura, mas deveríamos ter uma assembleia, um sindicato, uma organização (se possível com a participação de representantes da sociedade civil), para avaliar e buscar punição para quem usasse a internet para ferir o outro e às classes de profissionais. Sei que essa é uma discussão bem complexa, porque lida com temas muito ambíguos.

Todavia, sinceramente eu me sinto muito mal com o que tenho lido diariamente. Fala-se de "política, de moral e bons costumes"... Sendo que essas mesmas pessoas ferem outros princípios e invadem a privacidade de outros, e não se sentem errados ou passíveis de punição. "A brincadeira é desculpem os termos: jogar merda no ventilador, e ver o que dá".

A internet trouxe um acesso à informação muito bom. A velocidade com que os fatos nos chegam são impressionantes. Porém, a quantidade de inverdades, notícias tendenciosas e cheias de má fé, me surpreendem a cada dia. Eu, como jornalista, rejeito esse tipo de coisa.

Gostaria de ver a informação sendo tratada como algo sério e relevante para a sociedade, pois o jornalismo, antes de mais nada, tem um papel fundamental na vida da gente. Para os desavisados fazer jornalismo é falar sobre as verdades das coisas e nem tudo vale uma notícia, pense bem nisso... Como eu sei? Grandes mestres me ensinaram! 

Portanto, sonho com o dia em que a minha profissão seja de fato respeitada e regulada. Assim como todas as outras profissões, o jornalismo exige um conhecimento específico, coisa que se aprende na Academia, como a Medicina, o Direito ou qualquer outra. E não me venha com essa estória que apenas o dia a dia forma um profissional, porque isso é bobagem! O conhecimento teórico aliado ao prático sim, isso forma um profissional de qualquer área. Ou você deixaria sua saúde nas mãos de um médico sem diploma?

Na Universidade aprendemos o que é essa profissão e para que ela serve. Aprendemos a pensar como profissional e a exercer nosso papel da maneira mais verdadeira possível. Essa atividade, se levada eticamente, pode interferir no contexto cultural, político, administrativo do país. Se usado para outros fins, gera uma série de malefícios, tantos que nem podemos prever! 

Me desculpe se alguém se sentir ofendido com minhas palavras. Porém, afirmo que muitos tantos deveriam me pedir desculpas (se éticos fossem), por usar a minha profissão (que eu suei pra aprender) com intuitos ou fins errôneos. Sem medir ou pensar nas virtudes que o bom jornalismo traz à sociedade.

Valorizo as pessoas e as profissões, todas elas. Então, peço que respeitem todos os jornalistas do mundo. E parem de escrever baboseiras! Parem de usar as ferramentas virtuais para escrever o que te mandam, mesmo sem constatar a veracidade daquilo. Chega de imprensa marrom! Não distorçam os acontecimentos, nem transformem mocinhos em vilões. Não criem monstros que não existem nem tampouco coloquem inocentes em bancos de réus. Eu estou farta de discursos moralistas, onde pessoas são julgadas sem serem ouvidas. Aliás, quem são todos vocês, que declaram esse ou aquele culpado ou imoral? O que é moral? Você tem ideia de quantos anos um juiz estuda pra tentar usar seu conhecimento jurídico num julgamento? 

Procurem conhecer, estudar e levar a sério todas as profissões, inclusive a minha. Saiba que o jornalismo exerce influência tão relevante, que é capaz tanto de salvar como de ceifar vidas. 

Hotel Ruanda, você tem que assistir!

O filme é uma coprodução da Itália, Reino Unido e África do Sul, e relata a história real de Paul Rusesabagina, que foi capaz de salvar a vida de 1268 pessoas durante o o genocídio de Ruanda, em 1994.

A história se passa em Kigali, capital de Ruanda, em 1994, quando o gerente do Hotel des Mille Collines, propriedade de uma empresa belga tenta salvar pessoas do conflito étnico. O filme relata um período de aumento da tensão entre a maioria hutu e a minoria tutsi, duas etnias de um mesmo povo que ninguém sabe diferenciar uma da outra a não ser pelos documentos.
Tudo começa quando o presidente de Ruanda morre em um atentado após assinar um acordo de paz. Imediatamente os hutus  declaram guerra aos tutsis, dando início a matança de tutsis.
Neste instante, Paul tenta proteger sua família, mas com iminente massacre generalizado, compra favores para proteger seus vizinhos, que haviam pedido abrigo em sua casa na primeira noite de atrocidades.
Com a continuidade da tensão e mortes de governantes, os turistas partem enquanto que no hotel, aumentam a quantidade de vítimas que procuram abrigo e proteção. 
O filme é muito interessante e têm cenas fortes.

Até onde vai a maldade humana? E ao mesmo tempo até onde vai o altruísmo de poucos?
Não podemos medir.  De acordo com a conveniência ou suas pretensões, o homem pode ir bem longe. Muitas vezes sem medir esforços.

Este filme mostra o quanto podemos ser cruéis e fazer mal ao nosso semelhante. Principalmente quando este não compartilha de nossas ideias, costumes ou simplesmente porque não é da nossa mesma tribo.


Um filme muito triste, mas muito bonito também!

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Dos ciclos

A vida é feita de ciclos. Independente da fase: boa ou ruim... Ciclos! E a gente até se acostuma com eles, e sente falta quando acabam. Mas existe um grande ciclo que não cessa...

O tempo nunca morre, o ciclo na verdade nunca termina! (Filme "Antes da Chuva")

Bobagens, meninos! Apenas bobagens...

Algo está errado por aqui. Pode ser falta de ocupação ou falta de espiritualidade! Tantas pessoas emoldurando outras, penso que seja carência de Deus ou do que fazer mesmo.

Estou contando os dias para que essa campanha tenha um fim. Assim, todos poderemos nos ocupar de coisas mais saudáveis. Ou será que criaremos novas batalhas inúteis? Espero que não.

Acredito em diálogos construtivos e análises de propostas para a sociedade, já esse pastoril de cordões coloridos que estamos vendo, no meu ponto de vista é falta do que fazer. Cada um que cegamente defenda o Deus que criou para si. Me poupe!

Num sei quem rouba mais que tal pessoa... Fulano declarou apoio a beltrano! Eu não volto em partido... Fulano de tal não fez nada esse tempo todo... O meu candidato foi vice de fulana, mas não tem nada a ver com seu desgoverno... Blá blá blá... 

Nos ocupemos de coisas mais úteis, por favor! 

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Jovem americana desenganada pela medicina programa sua morte para novembro


A jovem Brittany Maynard de 29 anos fez uma opção bem controversa: a morte. Detectada com um câncer agressivo no cérebro ela decidiu programar o dia de sua partida, 1º de novembro!

"Depois de meses de pesquisas, minha família e eu chegamos a uma conclusão dolorosa: não existe tratamento que possa salvar minha vida", disse a moça em um artigo escrito para o site da CNN.

Brittany teme todo o sofrimento causados ao seu cérebro e à sua família, que assistiria a sua piora sem poder fazer nada. Por isso, ela e o marido se mudaram para o estado da Oregon, um dos 5 estados americanos que permitem o suicídio assistido por médicos.

A decisão da moça deflagrou variadas reações, inclusive porque Brittany gravou um vídeo falando sobre sua decisão, que foi visto mais 5,6 milhões de vezes.

A campanha dessa jovem retoma as discussões sobre o suicídio acompanhado por médicos e levanta uma série de questões morais e éticas. E você o que acha? Dê a sua opinião.

Leia a matéria completa.

Depoi

Das coisas que não somos capazes de enxergar

Motivada pela leitura do texto "Em que mundo você vive?", publicado no site da Carta Capital no último dia 10, resolvi escrever essas linhas.

O assunto em questão é eleição, mas não apenas ela. Explicando... Falarei de eleição porque esse é o assunto em pauta, todavia devemos ter a consciência que falar em eleição é falar do país, da sociedade e de nós mesmos como cidadãos. 

Com o advento da Constituição Federal em 1988, o Brasil passou a ter uma série de novidades em relação à política, daí por diante adotaríamos o presidencialismo e trocando em miúdos - passaríamos a eleger indiretamente nossos representantes. Pois bem, por isso que falar de eleição é falar de nós mesmos e do Brasil. 

Estamos vivendo o apocalipse (guardadas as devidas proporções) da política brasileira, o momento do juízo final, quando julgamos as pessoas que se apresentaram ou se apresentam como opções no pleito deste ano. Agora é a hora de vir a tona tudo de bom e de ruim sobre os partidos e seus representantes! Sobre isso pensemos nos candidatos já eleitos em primeiro turno, e em alguns resultados desastrosos para nossa democracia e sociedade, pelos quais iremos pagar pelos próximos 4 anos. Faça essa reflexão, por favor!

Seguindo...

Quero comentar em especial a corrida presidencial no momento. E aqui espero deixar a minha impressão sobre ela em específico, a minha posição em relação ao Brasil de ontem e de hoje, já que a realidade desses "Brasis" no atinge diretamente.

Primeiro uma constatação bem simples: o PT não inventou a corrupção. Ela já existe há bastante tempo. Outra coisa, se ela existe e nós não tínhamos notícia dela, o que estava acontecendo, onde ela estava escondida? E a terceira e não menos importante informação; qualquer partido que esteja no poder terá que fazer concessões para conseguir viabilizar suas propostas, porque nosso sistema de governo e jurídico é composto de leis, que são aprovadas pelas Casas Legislativas, onde nossos representantes legislam "a favor do país". Esses apoios são fundamentais para qualquer líder do executivo, pois sem eles fica impossível implantar qualquer coisa. 

Portanto, pense bem! Essas pessoas que elegemos no 1º turno precisam ser coerentes com a ética e a cidadania, pois delas dependerão o andamento das políticas públicas no país pelos próximos anos.

Agora quero chamá-lo a uma pequena retrospectiva na realidade brasileira. Para quem vivenciou ou ouviu falar da situação econômica, social e cultural do Brasil há anos atrás. 

Eu lembro que quando criança, ouvia muitos adultos contestar a agruras pelas quais passavam diariamente. Os juros altíssimos, a inflação, a dificuldade social que enfrentavam. Ah, e sobre a corrupção também! Já diziam que o brasileiro não tinha jeito, e o Collor já tinha sido expulso do poder. O Brasil era um país rico de reservas naturais (repetiam), mas a população sofria bastante principalmente a maioria que era pobre. O clamor nas ruas era por um governo que olhasse para eles, os menos favorecidos. Aí veio o PT, sim esse PT que agora para muitos é sinônimo apenas de escândalos de corrupção. O PT trouxe Lula e depois Dilma e com eles políticas públicas voltadas para os cidadãos esquecidos desse país. E muitos deles Nordestinos, que sempre reclamaram de fazer parte da região escanteada do Brasil. 

Nos últimos anos eu vi esquemas de corrupção serem divulgados e desmontados, vi eles serem investigados e não jogados para debaixo do tapete como o caso "PC Farias". Eu vi políticas sociais (que muitos criticam por serem assistencialistas) ajudarem às pessoas mais humildes terem um pouco de dignidade humana. E digo mais, esse é um preceito fundamental no Brasil, visto que toda a Constituição de 88, é norteada pelo Princípio da Dignidade Humana, sendo o governo obrigado a levá-lo em consideração no âmbito político e administrativo.

O que eu presenciei nos últimos anos talvez não conte muito para você, que sempre teve condições favoráveis para se desenvolver na vida. Mas saiba que mudou a vida e a perspectiva de muitos brasileiros, que hoje podem sonhar com um futuro mais digno. Um bom exemplo disso são as políticas de cotas raciais e sociais, que apesar de não ter sido beneficiada em nenhuma delas, eu reafirmo que conseguiu inserir muitos jovens e adultos na Educação e, com ela trouxe a cidadania para essas pessoas. Algo nunca antes visto neste país.

Existe hoje um novo Brasil, que ainda enfrenta muito problemas, é verdade, mas que já avançou bastante em muitos aspectos. Eu acredito que temos ainda uma capacidade limitada de reflexão sobre coisas do nosso dia a dia. Na grande maioria das vezes, o que vejo são discursos superficiais sobre pontos específicos da administração. Somos nós analisando uma realidade macro, a partir de pensamentos micros. Cada um pensando em si mesmo e em seu umbigo. 

Então, relembremos o conceito básico de sociedade. Conceito simples, que encontramos no Google mesmo numa pesquisa rápida. "Uma sociedade humana é um coletivo de cidadãos de um país, sujeitos à mesma autoridade política, às mesmas leis e normas de conduta, organizados socialmente e governados por entidades que zelam pelo bem-estar desse grupo". Ele pressupõe uma união em torno do bem de todos ou da maioria. Agora eu te pergunto: Estamos votando em benefício da sociedade ou em benefício próprio?

Recentemente vi um comentário de uma amiga no facebook que me deixou indignada. Ela comentava que uma mãe denunciava a insatisfação com o governo atual. Sua justificativa era de que seu filho não precisava apenas de Educação. Está certa, não apenas necessita disso, mas não éramos nós mesmos, influenciadas em grande parte pelos grandes intelectuais desse Brasil, que gritava aos quatro ventos há anos, que o Brasil só iria pra frente quando déssemos valor à Educação?

Então, de alguma forma, acho que encontramos o caminho. 

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Na boca do povo

E o assunto da vez é... Política!

Só se fala nisso, né? Nas ruas, nos bares, nas calçadas, nas cozinhas, ao telefone... Virou febre. 

Por um lado, isso é muito bacana, pois indica que os brasileiros se interessam pela situação do país. Isso sinaliza que apesar de toda frustração decorrida de corrupção e outros graves problemas, nosso povo entendeu que é preciso participar dessa dinâmica.

Infelizmente o "bêabá" eleitoral que se pratica no Brasil, ainda têm resquícios antigos de uma política que segregou a população em muitos aspectos. Nós sentimos esses vícios praticados e reafirmados ao longo da histórica política brasileira, que se reafirmam ainda hoje.

Não podemos esquecer que o voto não era direito de todos, que não era obrigatório e que a posição social e econômica sempre foi fator preponderante na política brasileira. Tanto em relação aos líderes quanto aos liderados.

Outra coisa; não esqueçamos que o Brasil foi acometido por um período de ditadura e censura,  e que apesar de considerar nossas mazelas atuais, ainda podemos comparar  a nossa realidade com aquela época e sentir que tivemos muitas vitórias no tocante aos direitos dos cidadãos.

Então, mesmo candidatos e eleitores ainda muito ligados à práticas antigas, ultrapassadas e que impedem o debate sadio; a democracia (mesmo capenga) ainda deve ser comemorada.

Nossos direitos conquistados devem ser valorizados, preservados e enaltecidos. Pra frente Brasil!

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Tudo demais é veneno


Sabe do que eu não gosto? Dos extremos.

Na minha humilde opinião eles são sempre baseados em preconceitos e análises superficiais. Não coaduno com decisões e correntes que pregam comportamentos assim. Eu aprendi ao longo da vida que o meio termo é sempre mais viável que o radicalismo.

Os últimos dias as redes sociais se transformaram em uma espécie de quadro de informes e avisos, são defensores ferrenhos disso ou daquilo. Todo minuto tem alguém declamando opiniões, e meio mundo de gente defendendo ou detonando aquele post. Os discursos, em sua maioria, carregados de amor ou ira.

Vejo tudo isso e apenas lamento, justamente porque não encontro diálogo e respeito nessa troca de informações! Eu não concordo com que professa seu ódio por um ou outro candidato, e em contrapartida ama e idolatra outro. Aliás, eu sou totalmente contra idolatrias! Não idolatro pessoas nem coisas, visto que elas são tão imperfeitas e banais como eu.

Vejo que ultimamente o fervor, principalmente evidenciado pela corrida eleitoral, tem enaltecido pessoas, partidos, cores, projetos, correntes... E com isso o ânimos têm se exaltado a níveis megalomaníacos.

Não acho isso bom! Eu não venero pessoas pelo simples fato de saber que são falíveis. Não defendo partidos porque sei que todos têm suas alianças, e com isso caem em suas próprias contradições. Já sobre correntes e pensamentos eu filtro o que julgo mais coerente,  assim sendo simpatizo com elas. Quando possível aplico seus preceitos de forma mais racional possível e tento reproduzi-los. Já os projetos, quando não concordo dou minha opinião (mas não ofendo nem denigro ninguém). E por fim, cores servem para colorir nossa vida, de resto não me servem para nada.

Se conselho fosse bom, ninguém dava né? Mas quer saber...

Espero que nós deixemos de dobrar nossos joelhos e cabeças diante de gente como nós. Que erra e acerta! E que se corrompe também. Não existem verdades nem seres humanos absolutos. Admirem feitos, realizações e cidadãos. Comemore suas vitórias, contribuam se puderem, ajudem a melhorar se não estiver bom. Todavia, nunca esqueçam da nossa natureza falha.

Nenhum de nós merece ser endeusado! Pense nisso.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Abriram a caixa de Pandora

Existem coisas que realmente não dão pra aceitar. Entre os absurdos que eu vi hoje nas redes sociais e em conversas, há algumas que realmente não entendo de onde essas pessoas tiram essas pérolas.

Fanáticos- partidários criticando o fanatismo alheio, pessoas abastardas dizendo que são necessitadas, gente detonando partido A ou B (embasando suas críticas em informações atreladas à corrupção), declarações de cunho preconceituoso e discriminatório de pessoas que passaram pela Universidade e de quem se espera um grau de esclarecimento cultural maior, mães criticando o governo porque o mesmo deu ênfase à Educação.,, E por aí vai!

Se isso fosse um filme eu chamaria: A gaiola das loucas!

Nossa sociedade está completamente doente. Nosso discernimento está comprometido, tenho certeza. Jesus já pode voltar, por favor o quanto antes. Esse mundo não tem mais salvação, infelizmente.

É o começo do fim ou fim do começo!
Fatidicamente: caos intelecto/social/cultural/mental/político/ético/moral...

Jogo Rápido

Marina anuncia apoio a Aécio Neves no segundo turno - Eu já sabia! Ela terminou de se queimar com essa.

Índios isolados são tema do Profissão Repórter, na Globo - O homem branco não se cansa de devastar a cultura indígena!

Campanha eleitoral recomeça (se é que acabou algum momento) nas redes sociais - Não vejo a hora desse infortúnio acabar!

Coisas de uma jornalista

O saldo de um dia na capital: meu ilustre Diploma em Comunicação Social, dois livros sobre Jornalismo. Aliás três! O outro é o livro da Jornalista Ana Paula Padrão, "O amor chegou tarde em minha vida", que não deixa de ser sobre o Jornalismo.








E um encontro com uma amiga querida. :)

E chega de capital! Eu gosto é do meu Acari. 

domingo, 5 de outubro de 2014

Um lugar chamado Acari

Política é um troço complicado de se entender. E como jornalista, eu não posso e não devo, deixar de perceber isso tudo. Pois, um jornalista é na verdade um contador de história; e os acontecimentos políticos e seus eventos são (principalmente numa cidade de interior) um fato histórico.

Logo à tarde a rua principal já estava bem movimentada, um fusiê de gente, carros... Quando se aproxima o final da tarde um foguetório no céu é capaz de causar alvoroço nas pessoas, a curiosidade de um gera o boato do outro.

É incrível! O sol lá fora tá pegando fogo como se diz por aqui. Mesmo assim, as pessoas passam o dia andando, conversando, há quem faça reunião de amigos em casa, na calçada (mais numa comemoração fraterna, que propriamente na pretensão de votar e pensar na importância deste dia pra democracia do país). Até porque esse é o momento de voltar à terra para rever os amigos e familiares.
Pronto, deu 17h! Aí parece que todos os ânimos se afloram.  O que parece é que a pessoa passou o dia todo com a “boca amarrada” com uma mordaça, e o grito que estava preso agora pode ser liberado. Sobe gente, desce gente! Começa a boataria: Fulano está na frente, beltrano ganhou num sei onde. É um disse me disse... Chega a ser um pouco cômico pra quem está de fora só observando.

De repente um furo jornalístico se espalha rapidamente. Não sei quem foi o repórter que conseguiu tal feito! Mas, num instante (antes das urnas serem computadas totalmente) todos já sabem quem ganhou na cidade e qual foi a maioria.

Daí por diante é alegria de uns e tristeza de outros! É mulher pulando na beira da pista, é moto correndo desgovernada - no meio da multidão - buzinaço, fogos, demonstrações das mais variadas e interessantes possíveis.


Vale a pena observar! O ser humano quando tomado pela paixão (seja ela qual for) é uma das expressões mais genuínas e criativas que eu já fui capaz de presenciar.

sábado, 4 de outubro de 2014

Domingo é dia de verde e amarelo


Olá, meu povo!

Dia de eleição é super especial. Um dia que eu me sinto super poderosa, pois exerço o meu direito de cidadã. Por isso, eu não vendo nem empresto meu voto - ele é só meu. 

Portanto, com todo orgulho amanhã é dia de ser brasileiro e ajudar o meu país a caminhar pra frente.

E eu já escolhi a minha bandeira, a minha cor e o meu partido.

Amanhã eu vou votar vestida de BRASIL! #simbora


sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Pelo nosso Brasil


Depois de tanto falatório, chegou o grande dia. É hora de colocar a mão na consciência, e esquecer as picuinhas. O domingo (dia 05) é o dia principal para fazermos valer a nossa vontade como cidadãos. Amparados pela Constituição Federal de 1988, temos todos o direito e o dever de escolher nossos representantes. Lembremos (na hora de votar) de toda a nossa decepção, das reivindicações. Lembremos de todos os problemas enfrentados pelo nosso país e pelo nosso estado. São tantas mazelas sociais, não é mesmo?

É hora de analisar os candidatos, sua vida pública, seus mandatos e sua postura social e cívica! É hora meu amigo, também de esquecer a paixão partidária que nos cega. Esqueça os cordões! Eles são tantos... Não vote pela cor do seu partido, vote pela força de sua indignação e pelo o que a sua razão julga ser o correto. Já dizia a música de Geraldo Vandré: quem sabe faz a hora, não espera acontecer. 

Faça você a sua parte!

Não importa o que as pessoas ao seu redor falem, na hora de votar- estaremos apenas nós, nossa consciência e nossa vontade de ver o Brasil melhor, com menos corrupção e maior bem estar social e econômico.
Eu tenho uma convicção comigo mesma: voto em quem quero! Não importam as relações de amizades, de gratidão ou o pedido de alguém. Pois, nossos amigos de verdade querem o nosso bem, à gratidão retribuímos com gestos e com o respeito – não com o voto. Eu acredito na força de liberdade de escolher o que se quer. Deixe que cada um tome a sua decisão.

Gostaria que essa eleição, mais do que nunca, representasse para nós brasileiros a esperança de tempos melhores e mais justos. Por isso, no domingo, seria muito bonito ver as pessoas esquecerem das cores pelas quais brigaram a campanha inteira. Seria muito nobre ver que as brigas deram lugar a vontade de união pelo Brasil. Porque se lutamos pelo nosso país, lutamos por nós mesmos. Não pelo bem de um ou outro, pelo bem de quem comunga com a minha bandeira. A política de verdade, se atém do bem de todos e /ou da maioria. Esse é o sentido da democracia genuína.

Para tanto, peço a cada um que lê esse texto, que ao despertar pela manhã do dia 05 de outubro; esqueça todo esse sentimento mesquinho de corrida pelo poder, que nos fizeram acreditar ser política. Esqueça os insultos, os palanques e aquela alegria que sentimos quando vemos um dos “nossos” respondendo às provocações de quem achamos ser contra nós.

Esqueça tudo isso!

No domingo, dia maior da democracia brasileira, acorde com vontade de ser brasileiro, de ter orgulho de viver em um país melhor e mais justo. Pense em todas as propostas e avalie racionalmente, quem realmente pode e quer ajudar ao Brasil.

Gostaria que neste domingo, nas ruas não houvessem bandeiras a não ser a verde e amarela. Gostaria que neste dia 05 ninguém ousasse vestir-se com nenhuma cor, além da nossa. Convoco a você leitor, que torce pra que nossa nação siga no caminho da verdade e do verdadeiro progresso; a ter uma atitude mais patriota no domingo. Seria muito bonito ver as ruas enfeitadas com as cores da nossa gente. Convoco você a tirar da gaveta uma camiseta da cor de nossa bandeira, e ir manifestar a sua decisão, vestido de Brasil – de corpo e alma. Uma forma de manifestar o seu verdadeiro propósito, que é ver o Brasil caminhando e cantando para tempos melhores.

E pra não dizer que não falei das flores... “Somos todos soldados, braços dados ou não”.

É hora de darmos os braços e lutarmos (juntos), com a nossa maior e melhor arma, o voto.

Eu já escolhi o meu figurino de domingo, e você?

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Justiça autoriza obra que aponta homossexualidade de Lampião, sim e daí?

Todos os dias eu ouço algo do tipo: “Não tenho preconceitos, mas Deus me livre de ser gay”.

Oi, você não tem preconceito? Kkk...  Não é o que seu discurso fala. O brasileiro é muito tradicional, moralista e discrimina facilmente, por qualquer motivo banal.

Pensemos só um pouco! Quantos conceitos temos dentro de nós sobre os mais variados temas: mulheres, homens, idade, relacionamento, renda, aparência física... 

São tantos, que eu passaria o dia inteiro citando. Então as reticências cabem melhor e dizem tudo.

Nós não estamos preparados para aceitar o diferente, isso é fato. E aí, eu também me incluo (infelizmente), porque também sou produto desse meio, mesmo lutando muito contra isso, às vezes, ainda me envergonho de determinados pensamentos ou palavras que escapolem.

Nós mulheres somos um ótimo exemplo disso, já que muitas vezes denunciamos o machismo, mas em outras tantas, nos calamos perante ele (uma forma de aceita-lo). Algumas vezes, manifestamos determinadas posições machistas contra nós mesmas ou contra outras mulheres. Não me diga que nunca fez isso porque certamente já!

Acabo de ler uma notícia que mudará História!
"Justiça autoriza obra que aponta homossexualidade de Lampião"



Sim, e daí?

Lampião é uma figura emblemática, muito ligada ao Nordestino e à figura do cabra macho sertanejo. Mas, acredito que independente de sua orientação sexual, ele continuará sendo. Na verdade, a sexualidade de alguém não o define, pois isso é apenas uma característica de seu caráter afetivo. Acho que está na hora de aceitar mais e julgar menos.
Independentemente de sua sexualidade ou de qualquer outra caraterística ou escolha pessoal, Lampião teve sua história marcada no cenário do cangaço. Tem quem o admire por isso ou por aquilo e pronto. Não acredito que sua valentia, por exemplo, possa ser mudada simplesmente por causa dessa hipótese, até porque nunca ouvi dizer que homens ou mulheres tenham sua valentia medida pela escolha afetiva que fizeram. Isso é loucura!
Já tive o prazer de conviver com muitos homoafetivos, que diga-se de passagem, mais corajosos ou "machos" (acho esse termo muito preconceituoso, por isso as aspas) do que muito heteroafetivo. Estes muitas vezes (não generalizando) sem caráter e fraco em suas ações e posições.
Procure por exemplo nos índices, quantos homoafetivos (homens) estão envolvidos em violência contra a mulher! Eu acredito que devemos começar a analisar as pessoas a partir de outros critérios.
Se Lampião era gay ou não, isso pouco importa.