Quando a tarde cai e a brisa leve
da noite sopra as folhas verdes das árvores do canteiro a minha frente,
Eu sinto o cheiro do lilás que há
no céu logo ali.
Existe uma paz enorme que me
rodeia, uma solidão que senta ao meu lado e me fala coisas ao ouvido.
Sentada na calçada, eu apenas
observo o movimento da vida que me rodeia...
Eu ouço uma voz serena e doce,
que se mistura ao som rouco das ruas. A lentidão, a brisa, as motos, as
pessoas... Numa mistura inexplicável de inércia e movimento.
Eu penso na magia que esse
momento me transmite...
E sinto que Deus está em mim,
porque ele me permitiu ver esta cena, sentir os aromas e viver um momento de
quietude aqui mesmo desta calçada amarela. Eu estou parada. A vida parou, mas
continua viva de uma maneira branda e sutil.
Tudo está esplendidamente belo!
Não é dia, não é noite...
Agora, tudo está parado. Até o
tempo deu um tempo e apenas observa o vento soprar calma e levemente sobre minha
face e meus cabelos negros.
O vento me traz a noite, de uma
maneira poética e divina, como só Deus seria capaz de ser...
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