sábado, 21 de junho de 2014

Da Copa que eu fui

Artigo
Por Milena Chaves

Viver uma Copa do Mundo de perto é indescritível

Sobre os jogos da Copa o que posso falar é o que eu vi, vivi e senti. Quando tentei comprar 7 ingressos (o máximo de jogos) que era permitido comprar no site da Fifa por uma pessoa, eu tinha o grande desejo de participar desse evento, que sempre acompanhei de casa na TV, e que sonhei a vida inteira participar. Mas, quando criança, nunca imaginei que a Copa do Mundo fosse ser sediada no Brasil. Não sei, acho que eu imaginava que Copa era coisa bem longe, de Europa, Ásia. Porém, o tempo passou, eu cresci e a Copa veio pra cá. Ela enfim seria realizada no meu país (depois de muito tempo), e agora quem sabe eu poderia participar.

Foi então que comecei a tentar comprar ingressos no site, mas confesso de um jeito despretensioso, pois sabia que a procura era grande e ainda me parecia tudo tão distante, como quando eu era bem pequena e assistia tudo pela TV. Naquele tempo eu aprendia curiosidades sobre os países e sabia a maioria dos nomes dos jogadores (pelo menos os de que eu mais gostava), sem esquecer que marcava minha tabelinha com os resultados. Era uma festa! Lembro que eu vivia aqueles dias com intensidade e que sentia saudades da Copa quando ela acabava.

Na verdade, festa realmente foi o que eu vi na última quinta-feira (19), ao chegar em Natal. Porque eu, entre todas aquelas tentativas, só consegui um ingresso e de um jogo que nem gostaria de assistir, mas pensei que talvez essa fosse a minha única e última oportunidade de assistir a um jogo de Copa do Mundo na vida. E ainda mais no Brasil, aqui em Natal, pertinho de casa. Eu realmente não poderia perder isso, fosse qualquer jogo, seria válido ir.

Chegando em Natal, vi bandeiras, movimento nas ruas, pessoas vestidas de verde e amarelo, com outras cores também. Ao seguir para a Arena das Dunas era um fusuê de brasileiros de todos os sotaques, estrangeiros tirando fotos,  interagindo uns com os outros: uma farra! O vai e vem de pessoas de todas as idades mais lembrava o pavilhão da festa de Agosto em Acari. (risos)Tudo muito animado!

Na Arena das Dunas
Policiais Rodoviários Federais e a Polícia Militar faziam a segurança. E quando chegamos na entrada do estádio, pude ver como é linda e gigante aquela arena. São tantos portões, tantas entradas, que apesar de muita sinalização e de um número considerável de voluntários, a gente fica meio perdido pra encontrar as coisas.

Japão e Grécia em campo
Ao entrar na Arena das Dunas eu me senti menor que aquela menina que assistia pela TV os jogos das outras Copas, era tudo tão grande, era tanta gente! Eu tive medo e pensei como eu faria pra sair dali se algo acontecesse! Realmente seria bem complicado porque é tanto assento, e os corredores entre as fileiras de 

cadeiras são bem estreitos mesmo. Mas aí as seleções entraram, a torcida deu sinal e a bola rolou. Daí você se acostuma com a altura, reza pra não chover, tenta identificar os jogadores (que lá de longe parecem bem pequeninos), se envolve com as jogadas e grita cada vez que a bola quase entra na trave. Tudo isso acontecendo ao mesmo tempo, e você querendo registrar tudo na cabeça, numa foto e lá vem a “Ola”! (risos) Nossa, é encantador ver aquele estádio enorme coreografando junto e você ali se levantando e gritando, fazendo parte do show.

Mas aí num piscar de olhos o juiz apita e tudo acaba! E você se dar conta de que aquele instante tão aguardado já passou. É hora de guardar tudo na lembrança e voltar pra casa e pra realidade. O resto da Copa será como antes, assistindo pela TV em casa. Mas aquele gostinho de Copa do Mundo e daquela “ola” (é indescritível a sensação), no estádio eu jamais esquecerei. Aquele jogo entre Japão e Grécia será inesquecível pra mim. Ainda bem que dos 7 ingressos que comprei, pelo menos esse eu consegui. E pensar que eu cogitei não ir aquele jogo porque não era Itália e Uruguai... E pensar que o meu ingresso da Copa do Mundo me custou apenas 60 reais! Se eu soubesse que era tão bom participar da Copa (mesmo não assistindo um jogo do Brasil), teria insistido mais no site da Fifa. E quem foi que disse que ser feliz custa caro?

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